O Benfica respirou melhor depois da vitória no dérbi frente ao Sporting, mas o regresso depois da pausa de seleções não terá sido aquele que os adeptos estavam à espera.
As águias igualaram o Sporting na liderança e tinham tudo par embalar para um novo ciclo, mas a verdade é que, após um triunfo cinzento sobre o Famalicão, para a Taça de Portugal, onde Otávio deu uma ajuda ao desbloquear o marcador com um autogolo, os maus resultados seguiram-se frente a Inter e Moreirense, com dois empates que complicam a vida de Roger Schmidt.
Frente aos nerazzurri, o Benfica até entrou com tudo e João Mário teve uma noite histórica com um hal-trick em poucos minutos, mas a segunda parte mostrou um Inter dono da partida, a conseguir intimidar em plena Luz e a chegar a um empate impensável a quem assistia à meia hora de jogo.
Aliás, não fosse o poste, e Berella podia ter conseguido a reviravolta, o que seria ainda mais penoso.
Veio o fim-de-semana e a exibição em Moreira de Cónegos foi muito cinzenta. É caso para dizer que a vitória inesquecível frente ao Sporting foi sol de pouca dura, um sol de inverno, que se esconde com facilidade e permite que o céu nublado e a chuva tenham igualmente o seu tempo.
Foi um Benfica sem chama, sem alma (o que sai reforçado quando João Neves saiu ao intervalo e sem criatividade levar de vencida um dos conjuntos mais surpreendentes da época até ao momento. Os encarnados não jogaram sozinhos e o Moreirense tem mérito, sobretudo por aquilo que não deixou o adversário criar. Di Maria, que até foi um dos que somou mais perdas de bola, foi dos poucos a agitar, uma vez, que Tengstedt não se vi, Rafa e João Mário foram bem anulados e Arthur Cabral não trouxe nada a partir do banco.
Orlando Fernandes