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1.º Super Bock Ladies Open at Vidago Palace

Seis portuguesas no Torneio de 50 mil euros em prémios monetários, de 6 a 8 de maio, que maraca o regresso do golfe europeu feminino a Portugal oito anos depois

As dez primeiras classificadas do ranking do Ladies European Tour Access Series (LETAS) estarão no Super Bock Ladies Open at Vidago Palace, que amanhã (terça-feira) arranca, no Vidago Palace Golf Course, no concelho de Chaves, prolongando-se até quinta-feira.

O grande destaque vai para as vencedoras dos dois primeiros torneios do LETAS já realizados em 2025, a dinamarquesa Amalie Leth-Nissen, no Terre Blanche Ladies Open, em França, e a inglesa Thalia Martins, a campeã no Madaef Golfs Ladies Open by Saidia Resorts, em Marrocos. São, naturalmente, as n.º1 e n.º2 da Ordem de Mérito do LETAS.

Quem já começou a ganhar em Vidago foi a norueguesa Karoline Lund, que escolheu o Norte de Portugal para estrear-se este ano na segunda divisão do golfe profissional feminino europeu. A jogadora de 26 anos foi a vencedora do Pro-Am, ao lado dos amadores Gonçalo Maia, Miguel Teles Meneses e Gustavo Pinto. Karoline Lund jogou no front nine. Esta formação n.º10 da Super Bock somou 21 pancadas abaixo do Par e contou ainda com a profissional escocesa Laura Beveridge no back nine, mas, devido ao mau tempo, contabilizaram-se apenas os melhores nove buracos de cada equipa.

Houve outro conjunto com o resultado de -21 e foi preciso recorrer ao sistema de desempate para decidir os vencedores. O 2.º lugar foi para Amalie Leth-Nissen (a segunda profissional foi a sueca Moa Firedl) e os amadores Lucas Amorim, Julian Pereira e Francisco Saraiva.

Estava também previsto um Pro-Am com jovens jogadores de clubes do Norte de Portugal, mas as condições meteorológicas não o permitiram e foi substituído por uma ação de formação ministrada pelas profissionais no campo de treino, tendo sido sorteados entre os mais jovens três sacos da TaylorMade e bolas de golfe. Houve cerca de 20 jovens a desfrutar dessa ‘clínica’ de golfe.

O Super Bock Ladies Open at Vidago Palace começa a sério amanhã (terça-feira), com as saídas a começarem às 8h30 de dois buracos em simultâneo (1 e 10), com os últimos grupos a começarem a jogar às 14h50.

Haverá um novo recorde de participação portuguesa em competições de circuitos europeus femininos, com seis jogadoras nacionais: a profissional Susana Ribeiro (10h05 tee 10) e as amadoras Inês Belchior (13h55, tee 1), Amélia Gabin (9h00, tee 10), Francisca Salgado (8h50, tee 10), Francisca Rocha (13h15, tee 1) e Francisca Ferreira da Costa (13h35, tee10).

Portugal vai voltar a receber um torneio feminino internacional a nível profissional, quebrando um jejum de oito anos, graças aos acordos efetuados pela Federação Portuguesa de Golfe (FPG) com o LETAS e o Vidago Palace Golf Course. A última etapa portuguesa do LETAS fora o Açores Ladies Open em 2017.

É o regresso de Portugal em provas a contar para o ranking mundial feminino (profissional), para o ranking olímpico feminino, havendo ainda pontos atribuídos para a Ordem de Mérito do LETAS e para o Ranking Mundial Feminino Amador.

O 1.º Super Bock Ladies Open at Vidago Palace é o terceiro dos 17 torneios que integram o calendário do LETAS em 2025 e é apoiado pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal, pelo IPDJ, Super Bock e Vitalis.

Texto: Hugo Ribeiro

Foto: Filipe Guerra/FPG

Akademia de Karate de Vila Real em destaque no Campeonato Nacional

A Akademia de Karate de Vila Real marcou presença no Campeonato Nacional de Karate, destinado aos escalões de infantis, iniciados e juvenis, com prestações de grande mérito por parte dos seus jovens atletas.

Martim Martins participou pela primeira vez no Campeonato Nacional, competindo na categoria de kumite iniciado masculino -54kg. Numa estreia promissora, demonstrou garra e técnica, realizando uma boa prestação e deixando excelentes indicações para o futuro.

Já Gonçalo Baptista, na categoria de kumite juvenil masculino -40kg, conquistou um honroso terceiro lugar. O jovem atleta venceu todos os combates da fase inicial, sendo afastado da final apenas por decisão arbitral num combate que terminou empatado. Determinado, Gonçalo venceu todos os encontros da repescagem, garantindo assim um lugar no pódio.

A Akademia de Karate de Vila Real continua assim a afirmar-se como uma referência na formação de jovens atletas, promovendo não só a excelência desportiva, mas também os valores do respeito, disciplina e superação.

Pedro Alves troca o Kia Ceed por um Cupra TCR e vai competir no Campeonato de Portugal de Montanha

Piloto de Vila Real estreia-se com novo carro já na Rampa da Falperra e agradece apoio da BeFast MotorSport

O piloto vila-realense Pedro Alves anunciou, através das redes sociais, que irá competir no Campeonato de Portugal de Montanha ao volante de um Cupra TCR, abandonando assim o Kia Ceed que o acompanhou nas últimas temporadas.

A estreia com o novo carro está marcada para a emblemática Rampa da Falperra, prova que abre uma nova etapa na carreira do transmontano. “Estar aos comandos de um Cupra TCR no Campeonato de Portugal de Montanha marca um ponto importante na minha vida desportiva”, referiu Pedro Alves na publicação. O piloto espera viver “muitas alegrias” nesta nova fase e partilhá-las com quem o acompanha “incondicionalmente”.

No mesmo comunicado, Pedro Alves deixou um agradecimento especial à BeFast MotorSport, equipa que tem desempenhado um papel determinante na fase de transição para a nova máquina. “Desde já o meu muito obrigado a todos os envolvidos neste processo e um enorme agradecimento à BeFast MotorSport pela ajuda incansável.”

A aposta no Cupra TCR, uma máquina com provas dadas nas pistas e rampas nacionais, demonstra a ambição de Pedro Alves em continuar a evoluir e a lutar por resultados de destaque nas provas de montanha.

Escola Ciclismo Bila Bikers brilha em Mortágua e conquista 2.º lugar coletivo

Atletas de Vila Real enfrentaram o mau tempo com determinação e alcançaram excelentes resultados individuais na 2.ª Super Cup e Troféu Inter-Associações

A Escola Bila Bikers esteve em destaque no passado domingo em Mortágua, ao participar na 2.ª etapa da Super Cup e do Troféu Inter-Associações. Sob condições meteorológicas adversas, com chuva intensa ao longo da prova, os jovens atletas de Vila Real demonstraram garra e espírito competitivo, garantindo o 2.º lugar por equipas e várias subidas ao pódio em diferentes categorias.

Na categoria Sub-9, Sofia Almeida conquistou o 1.º lugar feminino, enquanto Alexandre Diniz alcançou o 3.º lugar.
Nos Sub-11, Maria Novais foi 1.ª classificada no feminino.
Já nos Sub-13, Beatriz Cigarrosa ficou em 2.º lugar feminino, Tiago Borges em 2.º lugar, Salvador Novais em 6.º, e Rodrigo Mourão terminou na 19.ª posição.
Na categoria Sub-15, Matilde Correia brilhou com o 1.º lugar feminino, Martim Novais ficou em 10.º, e Miguel Lopes em 22.º lugar.

O próximo desafio da equipa será em casa, no Complexo Desportivo do Monte da Forca, em Vila Real, no próximo domingo, 11 de maio, a partir das 9h00. A prova promete um ambiente vibrante, com a presença de mais de 20 equipas e cerca de 300 atletas.

A Escola Bila Bikers agradece o apoio de todos, em especial aos que tornam possível proporcionar estas experiências enriquecedoras aos jovens atletas.

AFVR: Montalegre com triunfo difícil em Valpaços

Jogo com duas partes distintas, na primeira, o Montalegre melhor e a assumir as despesas do encontro. Na segunda, com mais um em campo, a formação da casa foi mais perigosa.

Entrou melhor no jogo a equipa que viajou do Barroso. Teve, também, mais bola a formação do Montalegre durante os primeiros 45 minutos.

Mesmo assim, pertenceu ao Valpaços o primeiro remate com relativo perigo, aos 12´, por intermédio de Igor, por cima.

Respondia o Montalegre, aos 16´, mas o disparo de Lito sai ao lado do alvo. Porém a formação barrosã estava mais confortável e Sadidi abriu o marcador com remate colocado. Seis minutos depois, aos 33´, Bizi corresponde da melhor forma a excelente cruzamento na direita do ataque da formação forasteira, era o 0-2 que deixava o Montalegre um pouco mais tranquilo. No entanto a reação da equipa da casa não se fez esperar e João Nuno obrigou Daniel Gomes a defesa atenta. Ao intervalo 0-2.

Na etapa complementar, tudo se alterou depois da expulsão de Kenny, com vermelho direto, após entrada imprudente. O Valpaços passou a ter mais bola e criou perigo aos 53´, depois de cruzamento dirigido para o segundo poste.

Danilo está perto de reduzir, após canto bem batido à esquerda, com o cabeceamento a sair ligeiramente por cima.

Em lance magistralmente conduzido por Sadidi, o gabonês assiste Lito que, em posição frontal, atira por cima. Podia ter sido o 0-3 e o jogo ficava praticamente decidido…
O Valpaços também teve tudo para fazer golo aos 71´, mas Falcão atirou ao lado.

O golo do Valpaços chegava ao minuto 90, depois de remate certeiro de Mariz. Não havia tempo para mais e o Montalegre saía vencedor. Ao Valpaços faltou pontaria na etapa complementar… O Montalegre fez uma boa primeira parte, ficou bastante condicionado com a expulsão de Kenny e depois faltaram soluções no banco.

O treinador do Valpaços, Júlio Baptista, lamentou o desaire: “Analisando globalmente o jogo, penso que é um resultado ingrato e injusto para aquilo que a minha equipa fez.”

O treinador do Montalegre, Gonçalo Magalhães, admitiu dificuldades: “Foi uma vitória muito difícil porque, para além de virmos de um jogo quinta-feira em que a gestão de cargas não era fácil, sabíamos que havia alguns jogadores que podiam acumular alguma fadiga, sobretudo na parte final do jogo.”

Estádio da Portelinha – Pedras Salgadas.

Valpaços – Montalegre: 1-2.

Arbitro: Dylan Brito.

Valpaços: Tulipa (Moutinho 82), Pepe, Danilo, Simão (João Miguel 82), Moutinho (Falcão 61), Igor, João Nuno, Mariz, Chala ©, Rabiço e Djaló (Luís Paulo 75).

Treinador: Júlio Batista.

Montalegre: Dani Gomes, Rúben Geraldes, Alisson, Faria, Lito (Simão Fernandes 74), Djelimory, Kenny, Diogo Carvalho ©, Bizi (Pedro Brito 46), Sadidi e Alejandro.

Treinador: Gonçalo Magalhães

Ao intervalo: 0-2.

Marcadores. : Sadidi (26), Bizi (33) e Mariz (90).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Alisson (35), Rúben Geraldes 845), Moutinho (53), Danilo (63) e Faria (71). Cartão vermelho para Kenny (48).

Por Nuno Carvalho

AFVR: Pedras Salgadas vence dérbi frente ao Sabroso em tarde chuvosa

Triunfo por 5-0 no Estádio da Portelinha, em jogo da 16.ª jornada da Divisão de Honra, que começou com 43 minutos de atraso devido ao mau tempo

O Pedras Salgadas levou a melhor no dérbi aguiarense ao vencer o Sabroso por 5-0, em partida invertida da 16.ª jornada da Divisão de Honra da AFVR. O encontro, disputado no Estádio da Portelinha, teve início com 43 minutos de atraso, consequência das fortes chuvas que alagaram partes do relvado, obrigando à intervenção dos responsáveis do recinto para tornar o terreno praticável.

Apesar do arranque tardio, a equipa de Tiago Nogueira entrou determinada e acabou por construir uma vitória expressiva. Canadas inaugurou o marcador aos 35 minutos, e já na segunda parte o Pedras Salgadas ampliou com golos de Jorge Jesus (48’), Botelho (50’), Jorginho (52’) e Tiago (85’), selando o resultado final.

Num jogo marcado pelas condições meteorológicas difíceis, a formação do Pedras Salgadas demonstrou eficácia e organização, garantindo três pontos importantes frente ao rival concelhio.

Estádio da Portelinha – Pedras Salgadas.

Sabroso – Pedras Salgadas: 0-5.

Arbitro: André Santos.

Assistentes: Fernando Nunes e Gonçalo Simões.

Sabroso: Luis Silva, Rui Jorge, Carlos Mourão, Brites, Nuno Carvalho (Caniggia, 70), Álvaro, Kevin, Fred Baia, Márcio, Fábio Rodrigues (Hugo Sousa, 55) e Celito.

Treinador: Marco Jesus.

Pedras Salgadas: Dani, Jorginho, Carreira, Canadas (Damasceno, 55), Jordão, Lima (Fábio Pais, 55), Pedro Silva, Rui Jorge, Jorge Jesus (Tiago, 80), Zé Carlos e Botelho (Bruno Silva, 80).

Treinador: Tiago Nogueira.

Ao intervalo: 0-1.

Marcadores: Canadas (55), Jorge Jesus (48), Botelho (50), Jorginho (52) e Tiago (85).

Por Luis Miguel Roçadas

AF Bragança: SC Mirandela conquista a Taça Distrital e faz a “dobradinha”

Vitória nos penáltis frente ao Rebordelo garante segundo troféu da época para os alvinegros

O SC Mirandela venceu este domingo a Taça Distrital da Associação de Futebol de Bragança, ao bater o ADC Rebordelo por 4-3 nas grandes penalidades, depois de um empate a uma bola no tempo regulamentar e no prolongamento. A final decorreu no Estádio Municipal de Bragança e ficou marcada pela intensidade e equilíbrio, com os guarda-redes em destaque durante toda a partida e especialmente no desempate final.

Com este triunfo, os alvinegros somam a “dobradinha” na presente temporada, depois de já terem conquistado o Campeonato Distrital, assegurando a subida ao Campeonato de Portugal. O SC Mirandela fecha assim com chave de ouro a época no plano distrital de Bragança.

Mas a época ainda não terminou: os mirandelenses ainda vão disputar a Taça Transmontana, defrontando o GD Chaves B, campeão da Divisão de Honra da AF Vila Real. Este será o último desafio da temporada e uma oportunidade para o SC Mirandela reforçar o seu domínio na temporada.

Foto: AF Bragança

Liga 2: Derrota em Tondela afasta Chaves da luta pela subida à Primeira Liga

Miro brilhou com um golo e uma assistência no triunfo por 2-1; flavienses ficam matematicamente fora da corrida à Primeira Liga

O Grupo Desportivo de Chaves está fora da corrida pela subida, depois de perder por 2-1 frente ao CD Tondela, este domingo, em jogo da 32.ª jornada da Liga 2. Os “valentes transmontanos” precisavam de vencer para manter vivo o sonho do regresso ao principal escalão, mas encontraram um Tondela eficaz e inspirado por Miro, autor do primeiro golo logo aos 9 minutos e assistente para o segundo, marcado por Ouattara Moudjatovic aos 90+1’.

Rúben Pina ainda restabeleceu a igualdade aos 49 minutos, na conversão de uma grande penalidade, mas o esforço flaviense foi insuficiente perante a resposta tardia dos beirões. O resultado dita a eliminação matemática do Chaves da luta pela promoção, já que, com 50 pontos, não conseguirá alcançar o objetivo.

O CD Tondela, por sua vez, mantém a liderança da Liga 2 com 61 pontos e continua a sonhar com o regresso à Primeira Liga, agora com vantagem reforçada nas últimas duas jornadas da prova.

Foto: GD Chaves

AFVR: resultados, marcadores e classificação dos jogos da 35ª jornada da Divisão de Honra

Confira os resultados, marcadores e classificação dos jogos da 35ª jornada da Divisão de Honra da AF Vila Real

Cumieira-Mondinense, 0-7
Marcadores: Carlos, Tiago Fernandes, Ruben Couto e Ivan Portilha x4

Constantim-Murça, 8-0
Marcadores: Gabi, Levi x3, Miguel Pimenta, Mariano x2 e Zé Pedro

Sabroso-Pedras Salgadas, 0-5 (16ª Jornada)
Marcadores: Canadas, Jorge Jesus, Botelho, Jorginho e Tiago

Vilar Perdizes-Vila Pouca, 1-2
Marcadores: Sandro Veigas // Rebelo, Cipriano (pen.)

Chaves B-Cerva, 4-0
Marcadores: Melro, Jailton, Pedro Cauã e Tibério

Atei-Santa Marta, 1-0
Marcadores: Paletes

Valpaços-Montalegre, 1-2
Marcadores: Mariz // Sadidi, Bizi

Sabrosa-Fontelas, 2-2
Marcadores: Nené, Pardal // Caio, Guilherme Trinta

Mesão Frio-Abambres, 4-1
Marcadores: Mica, Márcio Meireles, Montenegro, Tomás // Miguel Rodrigues (AG)

Folga: Vidago

CLASSIFICAÇÃO 

1º Chaves B | 34 jogos | 90 pontos

2º Montalegre | 34 jogos | 79 pontos

3º Vidago | 33 jogos | 77 pontos

4º Pedras Salgadas | 33 jogos | 73 pontos

5º Mesão Frio | 33 jogos | 71 pontos

6º Mondinense | 33 jogos | 70 pontos

7º Vila Pouca | 33 jogos | 64 pontos

8º Vilar Perdizes | 34 jogos | 62 pontos

9º Atei | 33 jogos | 61 pontos

10º Valpaços | 33 jogos | 47 pontos

11º Santa Marta | 33 jogos | 36 pontos

12º Abambres | 33 jogos | 35 pontos

13º Constantim | 33 jogos | 33 pontos

14º Cerva | 33 jogos | 32 pontos

15º Cumieira | 33 jogos | 21 pontos

16º Murça | 32 jogos | 21 pontos

17º Sabrosa | 33 jogos | 16 pontos

18º Fontelas | 33 jogos | 10 pontos

19º Sabroso | 33 jogos | 7 pontos

A Taça de Portugal

 Todos os anos se fala do mesmo: a possibilidade de o Estádio Nacional ser substituído por um, recinto mais moderno para acolher a Taça de Portugal. O argumento tem vindo a ganhar tração nos últimos anos alimentado principalmente por quem, tem de traçar planos de segurança e vê naquele local escapatórias a mais que obrigam a maior elasticidade de acção e multiplicação de recursos. A preocupação é legítima face ao modelo atual de organização de jogos de salto risco e do comportamento de massas, mas é ainda mais nobre e simbólico a decisão de manter, de ano para ano, intocável o estatuto do Jamor como a casa do desporto português (do futebol também).

 Transferir a final para qualquer outro estádio não seria apenas uma machadada na história e no imaginário coletivo de várias gerações, mas um sinal muito mais preocupante – de que os maus venceram. Porque é isto que está sempre em causa: minorias com comportamentos radicais que obrigam a gastos gigantescos de reforço policial e sem que a maioria se pronuncie, limitando-se a um encolher de ombros perante o desfile de claques nas famosas caixas de segurança um espetáculo degradante mas necessário enquanto não se encontram novas soluções.

Mas talvez seja este o momento para os grandes coletivos se chegarem à frente na condenação todos os comportamentos que ultrapassem a margens de decência e urbanidade independentemente de usarem ou não as suas cores. Benfica e Sporting voltarão a defrontar-se na final da Taça de Portugal, 29 anos depois do enfame episódio do verg Light, e mais do que nunca exige-se um sentido de responsabilidade individual que deve estender-se também a cada um dos espectadores.

 Excessos há em todo o lado e o futebol não pode e não deve ser um local assético, mas uma sociedade desenvolvida é aquela onde estão traçadas linhas vermelhas comportamentais aceites por toda a população, seja num festival de música, numa manifestação ou numa ida à bola. Infelizmente ainda são necessários passos nesse sentido cá por estas bandas, embora sinais recentes dão-nos esperança: há uns anos seguia-se um silêncio no Estádio da Luz cada vez que alguém imitava sons do very Light num dérbi de futebol ou de modalidade; hoje já são audíveis os assobios de muitos milhares que conseguem ter um pensamento crítico. Daqueles que fazem da final da Taça de Portugal uma festa como poucas na Europa, apenas possível no Jamor.

Orlando Fernandes

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