Entrevista de Gonçalo Novais a Vítor Gamito, treinador do GD Vilar de Perdizes
Apresentada 51ª edição do Circuito Internacional de Vila Real
No passado dia 19 de maio decorreu a primeira sessão da apresentação da 51ª edição do Circuito Internacional de Vila Real, onde foram desvendados o cartaz e o novo logótipo do Circuito, numa cerimónia que decorreu no Nosso Shopping. Numa história que teve início em 1931 e que está recheada de momentos marcantes, Vila Real começa assim a aquecer os motores para receber aquela que se pretende que seja a melhor edição de sempre das provas vila-realenses.
O autarca Rui Santos, visivelmente satisfeito com o regresso das corridas, salientou que o Circuito é provavelmente a maior bandeira da cidade em todo o mundo e o seu maior fator de reconhecimento. E por essa mesma razão, é vontade do Município continuar a investir na sua promoção, na sua segurança, apelando à união de todos em torno desta que é já uma impressão digital de Vila Real, evitando assim que o passado se repita, com a interrupção das provas.
Renato Costa, responsável da empresa – Bisarro Studio – criadora da imagem do circuito, manifestou um grande entusiasmo em estar associado a um evento desta envergadura e afirmou ser grande o prazer de materializar a identidade gráfica que tornará Vila Real reconhecível aos olhos de todos.
José Silva, Presidente da Comissão Promotora do Circuito, saudou todos os envolvidos neste processo e salientou toda a história que liga umbilicalmente o circuito à sua cidade, antevendo um futuro brilhante para a cidade e para o desporto automóvel.
Depois de um interregno de 2 anos, por força da pandemia, Vila Real vê assim regressar às suas ruas as tão ansiadas corridas, naquele que promete ser um fim-de-semana memorável, cheio de velocidade, adrenalina e festa para os vila-realenses e para todos aqueles que nos visitam.
Murça SC é vice-campeão nacional da Liga de Futsal da Inatel
Após ter alcançado a liderança do Campeonato Distrital da Liga Inatel de Futsal de Vila Real, na qual se sagrou a campeã, a equipa murcense representou a Inatel de Vila Real na Fase Nacional do Campeonato de Futsal, que decorreu no passado fim de semana, no Pavilhão Dr. Francisco Gomes da Costa, em Vila Pouca de Aguiar.
A equipa do Murça Sport Clube defrontou a AD Escala, do distrito de Lisboa, tendo a equipa lisboeta vencido a equipa transmontana nas grande penalidades por 3-0 (1-1 no final do tempo regulamentar).
Os Direitos da Criança no Desporto
O direito das crianças ao desporto deve ser visto nesta exata perspetiva: como um direito seu e não de terceiros. Abordar este tema é aceitar que a criança, como ser humano que é, tem direitos inerentes pela sua essência e existência.
Todas as crianças têm o direito de ser ouvidas e de que as suas escolhas sejam tidas em consideração (de acordo com a sua idade). Contudo, este direito nem sempre é salvaguardado e aplicado na sua plenitude. Nos clubes e competições, o foco está colocado no resultado, na classificação e não na formação. Porém, nem todas as crianças são iguais, nem têm a mesma paixão ou potencial. Temos crianças competitivas e outras menos. As sensibilidades nas crianças são pouco homogéneas.
As crianças são como são e não como os adultos gostavam que fossem. A prática desportiva não pode ser vista como uma obrigação, um sacrifício em resposta aos interesses dos agentes desportivos (pais, treinadores, dirigentes, etc.). De igual modo, também a escolha da modalidade não pode ser-lhes imposta.
O desporto para crianças deve respeitar o contexto próprio da sua idade, fora de qualquer manipulação exercida pelos adultos. Os pais, treinadores e dirigentes devem compreender a complexidade dos fatores envolvidos na formação desportiva das crianças. Por exemplo, a especialização precoce pode ter consequências negativas e é uma das principais razões para o abandono da prática desportiva na adolescência.
Hoje, é consensual que os quadros competitivos do desporto infantil são desajustados e feitos à imagem e interesse dos adultos e não do interveniente principal, a criança. No desporto sénior profissional vale (quase) tudo para se vencer, em especial no futebol, e esse mau exemplo acaba por contagiar toda a pirâmide desportiva. É necessário intervir para quebrar a cadeia de contágio.
Em relação aos pais, as crianças gostam que estes estejam presentes na sua prática desportiva, mas que tenham uma linguagem e comportamento positivo e não as condicionem. A superproteção na prática desportiva da criança é um obstáculo ao seu desenvolvimento, à sua criatividade e autonomia. O desporto não tem perigos acrescidos e as crianças devem aprender a resolver os «cenários» em que se encontram.
Atualmente, muitas crianças têm uma atividade desportiva demasiada organizada, com uma mensalidade suportada pelos pais, que induz as expetativas de que os filhos devem atingir determinados resultados que os pais veem como a justa compensação do seu “investimento”. Espera-se o “sucesso” e não apenas que as crianças sejam felizes a jogarem entre elas.
Basta de tratar as crianças como atletas miniadultos que não são! Tratemos as crianças como crianças que são.
Feliz dia a todas as crianças.
Vítor Santos (Embaixador do Plano Nacional de Ética no Desporto)
Desporto “Tuga”
Todos os momentos são oportunos para se abordar o tema da ética no desporto.
No desporto português existe, pelo menos, algo transversal a todos os agentes e clubes: a desconfiança. Um sentimento muito português em que o outro só ganha porque é “chico‑esperto” e nunca por mérito. No desporto não pode existir dúvida nenhuma em relação ao mérito do vencedor, pelo que a vigilância ética tem de ser vivida por todos.
O adepto anónimo tem todo o direito a ser fanático pelo seu clube e fazer todo o tipo de comentários e avaliações, por mais ridículos que sejam. Quando falamos de agentes desportivos (dirigentes, treinadores, atletas, árbitros, jornalistas, pais, etc.), já não temos de ser tolerantes ou permissivos. Temos de ser exigentes no respeito pelo desporto, pela modalidade e pelo agente desportivo.
A verdade é que existe logo de início uma perceção de incompetência dos outros. Os treinadores, árbitros e adversários são todos uns incompetentes e “eu” é que sei. Esquecemo‑nos do mérito. Que do outro lado existe trabalho, dedicação e vontade iguais ou superiores muitas vezes aos nossos. Outra perceção também imediatamente subjacente é a de injustiça. O mundo está todo contra nós. São as competições que estão mal, a equipa adversária que faz batota, a nomeação de árbitro/VAR que visa prejudicar‑nos. A vitimização é por demais evidente. Os argumentos são sempre os mesmos: “pequenos, mas dignos”, “da aldeia, com muito gosto”, “pobres, mas sem dívidas”. Este tipo de argumentos não faz sentido quando falamos de desporto. Temos é de falar de organização, superação, trabalho, etc.
Perante tudo isto, assistimos a uma falta de respeito pelos agentes desportivos: treinadores, árbitros, dirigentes e atletas. O treinador porque é chulo, o árbitro porque é corrupto, o atleta porque é vadio e o dirigente porque é um oportunista. Estes são os alvos dos mais variados comentários depreciativos. Não raro são os próprios dirigentes e treinadores a darem voz a estas observações, o que ainda é muito mais grave. Estes julgamentos primários definem o carácter de quem os faz e não do alvo a que se dirigem.
Os líderes são pouco líderes. Não acreditam nas suas escolhas, nas suas equipas, no seu trabalho! Quando um treinador permite que seja feita alguma intervenção extrajogo por parte da direção do clube, nunca mais vai ser respeitado. Se corre bem, será a direção a vangloriar-se de ter ganho o jogo, a competição. Se corre mal, é despedido.
Os principais clubes portugueses não têm muito a ensinar em termos de gestão. Os passivos financeiros são conhecidos e muito do ruído que fazem é para não se falar do que realmente importa: o jogo. Por isso não vão por aí, porque vão gastar dinheiro que não têm e que vão ter de pagar.
Quando falamos em formação, tudo se amplifica. Os pais são dos que alinham neste tipo de estar no desporto e argumentam desta forma. Têm de ser educados e ensinados sobre o que é o desporto e a modalidade. Ninguém quer prejudicar o seu filho. Ele não é o centro do mundo. É uma criança que quer divertir-se e aprender a jogar. O treinador não persegue o seu filho. O árbitro nem sabe quem é o seu filho. O adversário quer o mesmo que o seu filho.
Por isso, deixem jogar e desfrutem do espetáculo que é o desporto. Tal como o seu filho.
Vítor Santos (Embaixador do Plano Nacional de Ética no Desporto)
Petter Solberg homenageado pelo Município de Montalegre no Rally de Portugal
Único piloto que se sagrou campeão do Mundo de Ralis e campeão do Mundo de Ralicross, Petter Solberg recebeu, este sábado, na Exponor (Porto), um troféu pela vitória na primeira prova de sempre do FIA World RX, realizada em 2014, no Circuito Internacional de Montalegre.
O norueguês está no Vodafone Rally de Portugal a acompanhar a prova do filho, Oliver Solberg, e recebeu um troféu alusivo ao momento e entregue por David Teixeira, vice-presidente do Município de Montalegre, acompanhado por uma delegação do Clube Automóvel de Vila Real, organizador desportivo do Lusorecursos World RX of Portugal.
“Em primeiro lugar, muito obrigado às pessoas de Montalegre por este troféu tão bonito e, acima de tudo, pela forma como me receberam ao longo destes anos”, começou por referir Petter Solberg, que viria a sagrar-se campeão mundial de Ralicross nessa época de 2014. “Montalegre é uma das melhores pistas do mundo e o público português é realmente entusiasta, o que torna tudo muito especial. Nunca me esquecerei dessa vitória em 2014, por isso vou guardar este troféu com muito carinho”, concluiu o campeão do Mundo de Ralis de 2003.
David Teixeira, por outro lado, recordou “os elogios que Montalegre normalmente recebe dos grandes campeões do desporto automóvel, como Petter Solberg. Temos sempre esta vontade de receber bem e de homenagear aqueles que deixam a sua marca no nosso evento, um evento que promove Portugal e Montalegre além fronteiras. Este ano vamos receber a nova era elétrica do Campeonato do Mundo e tenho a certeza que teremos uma das melhores edições de sempre, nos dias 17 e 18 de setembro”, afirmou o vice-presidente da autarquia.
Bilhetes online para o Lusorecursos World RX of Portugal: https://montalegre.bol.pt/
Murça Sport Clube é campeão da Liga Inatel de Futsal de Vila Real
O Murça Sport Clube sagrou-se este sábado, Campeão da Liga Inatel de Futsal de Vila Real 2021/2022.
Na ultima jornada da competição, a formação comandada por Filipe Gonçalves, venceu no Pavilhão Desportivo Dr. Gomes da Costa, em Vila Pouca de Aguiar a ACRS Alvão, por 5-4.
A equipa murcense representará agora a Inatel de Vila Real, na Fase Nacional do Campeonato de Futsal da Fundação Inatel, que terá lugar a 21 e 22 de maio de 2022.