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Arbitragem em Portugal: O eterno bode expiatório

A cultura de desculpabilização e o impacto no futebol português

A arbitragem em Portugal tem sido, ao longo dos anos, um dos temas mais controversos no futebol, desde o principal escalão até aos campeonatos distritais. A forma como os clubes, treinadores e até presidentes lidam com as decisões dos árbitros reflete não só a cultura desportiva, mas também a forma como o insucesso é encarado no futebol português.

É curioso notar que, quando uma equipa perde, a arbitragem é frequentemente o bode expiatório. Os discursos são invariavelmente os mesmos: “fomos prejudicados”, “o árbitro condicionou o jogo”, “não nos deixaram ganhar”. Em contraste, quando uma equipa é beneficiada por um erro arbitral, raramente há uma palavra de reconhecimento. O silêncio impera ou, na melhor das hipóteses, escuta-se um tímido “são erros que acontecem para os dois lados”. Esta dualidade demonstra que a discussão sobre a arbitragem não é feita de forma séria e imparcial, mas sim de acordo com as conveniências do momento.

Nos escalões inferiores, a situação é ainda mais caricata. Conferências de imprensa após jogos da terceira ou quarta divisão do futebol português parecem, por vezes, verdadeiros tribunais públicos contra os árbitros. Treinadores e dirigentes justificam derrotas consecutivas com supostos erros arbitrais, desviando o foco da verdadeira questão: o rendimento das suas equipas. É uma forma fácil de se eximir de responsabilidades e de manter uma narrativa que apazigua adeptos e sócios.

Nos programas desportivos televisivos, a arbitragem é um tema recorrente. Comentadores desportivos, muitos deles afetos a clubes de nomeada, dedicam horas a discutir decisões dos árbitros, muitas vezes sem o devido conhecimento das leis do jogo. É frequente ver-se lances analisados com base na emoção e no clubismo, ao invés de critérios técnicos e regulamentares. A arbitragem, em vez de ser um elemento do jogo a ser debatido com racionalidade, transforma-se numa arma de arremesso para justificar insucessos e alimentar polémicas artificiais.

O problema da arbitragem em Portugal não está apenas na qualidade dos árbitros, que certamente cometem erros, como qualquer ser humano. O problema maior reside na cultura de desculpabilização instalada, onde se procura sempre um culpado externo para justificar um mau resultado. Enquanto esta mentalidade persistir, o futebol português continuará refém de narrativas que em nada contribuem para a evolução do jogo.

O verdadeiro “pobre futebol” não é aquele que sofre com erros de arbitragem, mas sim aquele que não consegue encarar os seus próprios erros e limitações. Até quando continuará este ciclo vicioso?

Por Luis Roçadas

AFVR | Mondinense-Vidago: dois golos em jogo intenso deu empate

Ricardo Freitas e Igor Sevivas marcaram num dos jogos mais mediáticos da ronda 23 do Campeonato da Divisão de Honra da AFVR

Num jogo intenso e recheado de ocasiões para ambos os lados, Mondinense e Vidago, empataram 1-1, em jogo disputado no Estádio Municipal de Mondim de Basto.

O primeiro sinal de perigo surgiu, aos 5 minutos, quando Ricardo Freitas cruzou para Gomes, que, rematou cruzado, com Josemar a esticar-se ao máximo para defender com grande classe. No minuto seguinte, Rui Costa encontrou Carlos em profundidade, que, por sua vez, virou o flanco para Ricardo Freitas, que rematou, mas Josemar esteve novamente em evidencia, com uma defesa apertada.

Aos 10 minutos, Gustavo lançou Ivan Portilha à entrada da área, mas Josemar voltaria a ser um obstáculo intransponível, defendendo novamente o remate. No entanto, o Vidago reagiu e aos 12 minutos, Juninho bateu um canto para Solas, que cabeceou por cima da baliza. A equipa visitante mostrou também ter argumentos ofensivos, e aos 14 minutos, Gabi tentou surpreender de fora da área, obrigando César Lemos, a esticar-se para uma boa defesa.

O jogo seguiu com ambos os conjuntos a tentarem alcançar o primeiro golo, mas sem sucesso. Aos 16 minutos, Rui Costa arriscou de fora da área, mas a bola não levou o caminho certo da baliza. Porém, aos 18 minutos, foi finalmente o Mondinense a abrir o marcador: Carlos cruzou para a área e, na cara de Josemar, o avançado local, Ricardo Freitas não perdoou, colocando a formação local, em vantagem no marcador.

Aos 27 minutos, o Vidago não tardou em reagir. Um cruzamento, de Diogo Matos, encontrou Igor Sevivas, que, de cabeça, restabeleceu a igualdade no marcador.

A partir daí, as equipas voltaram a mostrar uma grande capacidade ofensiva, mas sem conseguirem criar ocasiões claras para desnivelar o resultado.

Aos 38 minutos, Nuno tentou surpreender de fora da área, mas a bola passou por cima da baliza de Josemar.

A primeira parte não terminou sem mais uma boa oportunidade para o Mondinense. Diogo Pereira, driblou dois adversários e tentou o remate de fora da área, mas o guardião do Vidago defendeu, mas sem conseguiu segurar o esférico, que sobrou para Ivan Portinha, mas o remate do avançado local, saiu com pouca força, permitindo a Josemar uma nova intervenção.

Na segunda parte, o Mondinense quase chegou ao segundo golo, logo aos 52 minutos, quando Nuno rematou, mas Josemar defendeu, mas não segurou o esférico . Contudo, a bola sobrou para Ricardo, mas Meireles apareceu a tirar, em cima da linha de golo.

Aos 59 minutos, o Mondinense teve nova oportunidade, desta vez num canto batido por Gustavo. Tuca cabeceou com perigo, mas Mesquita, praticamente em cima da linha de golo, evitou o segundo para os locais.

O Vidago respondeu, aos 61 minutos, com um cruzamento de Mesquita ao segundo poste. Juninho obrigou César a uma defesa difícil, mas na recarga a bola foi enviada por cima da baliza. Aos 67 minutos, Tiago tentou um remate perigoso, mas Gomes apareceu a tirar a bola em cima da linha, mantendo o empate.

Nos últimos minutos, o Vidago foi à procura da vitória. Aos 78 minutos, Juninho lançou Tiago nas costas da defesa local, mas o remate foi defendido por César Lemos.

Aos 80 minutos, Gabi tentou o canto direto, mas César Lemos, atento, sacudiu para fora. No segundo canto, a defesa do Mondinense cortou a bola, mas Tiago teve nova chance, com um remate de fora da área, que novamente foi defendido pelo guarda redes local.

Aos 81 minutos, um bom lançamento de Francisco Delgado, encontrou Luís Borges em profundidade, que cruzou para Igor Sevivas. O avançado do Vidago fez o 1-2, mas o árbitro assinalou fora de jogo. No entanto, os visitantes não desistiram e, aos 83 minutos, Meireles fez um lançamento longo para Luis Borges, que desviou para Igor Sevivas. O avançado termal rematou dentro da área, mas César Lemos, manteve-se firme na baliza.

Nos minutos finais, o Vidago pressionou ao máximo, e aos 88 minutos, Juninho tentou servir Igor Sevivas, mas César Lemos, fez uma defesa de grande nível. Seguiram-se dois cantos consecutivos para o Vidago, mas a defesa do Mondinense conseguiu bloquear as investidas. Finalmente, aos 90 minutos, Juninho bateu um livre, e Meireles cabeceou para as mãos de César Lemos.

Já nos descontos, o Mondinense teve a última oportunidade de levar os três pontos, com um canto batido por Gomes, mas Tuca não conseguiu concretizar, e Solas salvou a sua equipa, tirando a bola em cima da linha de golo.

O empate, a uma bola, reflete o equilíbrio entre as duas equipas ao longo do jogo. O Mondinense e o Vidago não conseguiram desfeitear os seus guardiões em várias ocasiões, o que fez com que o resultado não sofresse alteração até ao apito final.

Estádio Municipal de Mondim de Basto.

Mondinense-Vidago, 1-1.

Arbitro : André Isento.

Mondinense: César Lemos; Nuno; Brizida; Diogo Pereira; Tuca; João Gomes; Carlos; Rui Costa (Tiago ,83); Gustavo (Luis, 78) ;Ivan Portilha e Ricardo Cunha.

Treinador: Nuno Arada.

Vidago: Josemar; Francisco Delgado; Luís Borges; Meireles; Igor Sevivas; Juninho; Diogo Matos (Tiago, 45`); Mesquita; Gabi; Solas e Covas.

Treinador: Steven Sanches.

Ao intervalo: 1-1.

Marcadores : Ricardo Freitas (18) e Igor Sevivas (27).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Carlos (45+1); Brizida (64); Tuca (90+1) e Juninho (90+1). Cartão vermelho para Gabi (83) e Daniel Santos (89).

Texto e foto: Zé Carlos

NATAÇÃO: GCVR em três finais do Arena Lisbon Internatiional Meeting

O Ginásio Clube Vila Real (GCVR) esteve representado pela atleta Maria Pereira no Arena Lisbon International Meeting 2025, competição realizada no Complexo Olímpico do Jamor entre 8 e 9 de fevereiro e que contou com a participação de 800 atletas em representação de 78 clubes nacionais e internacionais.

A nadadora do GCVR, que está atualmente integrada no Centro de Alto Rendimento de Rio Maior, participou em três provas individuais nas quais conquistou a presença na Final B. Maria Pereira começou pelos 50 metros Livres, onde após obter o 18º lugar nas eliminatórias com o tempo de 27.96, se qualificou para a Final B que venceu com a marca de 27.24. Nos 50 Mariposa, a atleta do GCVR foi 11ª nas eliminatórias com 29.33 e depois foi 3ª na Final B melhorando o registo para 29.20. Na prova de 100 Livres, Maria Pereira foi 16ª com 1.00.41 e qualificou-se para a Final B onde foi 6ª classificada com 1.00.00.

A atleta do GCVR teve assim uma participação muito positiva numa competição internacional de elevado nível competitivo, apresentando bons resultados que são demonstrativos da excelente evolução da nadadora.

Por Luís Pinto

AFVR | Murça-Montalegre: Jogo decidido na primeira parte

Duas bolas paradas decisivas para o Montalegre

Continua em estado de graça o conjunto barrosão – não perde desde novembro -, venceu o Murça e continua a acreditar na subida aos nacionais do futebol português – está a 6 pontos do líder, Chaves SAD B.

O início do jogo foi equilibrado e sem grandes oportunidades de golo.

De parte a parte havia várias imprecisões e perdas de bola. Aos 15´, Alisson atira ao lado da baliza do experiente Mãozinhas.

O Murça defendia bem e procurava ferir o adversário; aos 22´, de livre, só faltou o desvio à boca da baliza.

Mas o último quarto de hora da primeira parte foi fatal para a formação da casa. Djelimory abre o marcador, depois de bom passe nas costas da defensiva adversária.

Com remate forte, Alisson obriga Mãozinhas a defesa apertada para canto.

Quatro minutos volvidos, e depois de canto bem cobrado por Rúben Alves, o Montalegre fazia o 0-2 por intermédio de Pedro Miguel, com desvio final ao segundo poste.

Antes do intervalo, em cima dos 45´ regulamentares, os barrosões faziam o 0-3, desta feita por Alisson, a dar boa sequência a um canto de Sadidi.

O 0-3 em cima do intervalo, decidia, praticamente, o destinatário dos 3 pontos.

A etapa complementar não foi muito interessante de seguir. O Montalegre geria a partida, do outro lado o Murça queria mas não podia. Houve muitas substituições, Manecas ainda criou perigo junto da baliza montalegrense, e também a lesão do guarda-redes Mãozinhas que, depois de vários minutos a ser assistido, pôde continuar.

A vitória do Montalegre é justa, faltou melhor condição física ao Murça que não vence desde outubro.

Nelson Rede , presidente do Murça, lamenta os últimos minutos da primeira parte: “Em três minutos o Montalegre marca dois golos e ficou, praticamente, o jogo ditado. Na segunda parte, pouco mais se viu, foi equilibrado.”

O técnico do Montalegre, Gonçalo Magalhães, sublinha que era o resultado desejado: “Na primeira parte, fomos construindo o resultado com naturalidade. Na segunda parte não jogamos como equipa.”

Estádio Municipal de Murça.

Murça – Montalegre, 0-3.

Arbitro: Dylan Brito.

Murça: Mãozinhas ©, David Gonçalves (Manecas 64), Rhuan David, Marco Eustáquio, Gonçalo Cunha, Cristiano Rodrigues (Tiago Roças 64), Pedro Fonseca (Rui Alexandre 73), Eduardo Reis, Abrão, Evanilson Gomes (Marco André 73) e Lucas Meireles (Alex Telles 81).

Treinador: António Rocha.

Montalegre: Dany, Rúben Geraldes (Axel 68), Alisson, Pedro Miguel ©, Diogo Carvalho, Kenny (Pedro Brito 81), Diogo Faria, Rúben Alves (Kiko 68), Sadidi, Djelimory e Lito (Simão 81).

Treinador: Gonçalo Magalhães.

Ao intervalo: 0-3.

Marcadores: Djelimory (33), Pedro Miguel (43) e Alisson (45).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Rúben Geraldes (5) e Gonçalo Cunha (90).

Por Nuno Carvalho

Desprezo pela ética e pelo fair-play

Seja qual for o nível de prática desportiva que se considere, podemos verificar que tem grandes semelhanças com o desporto profissional, já que é necessário preparar e organizar o jogo para a competição. Os atletas são a parte mais visível destas atividades, mas existe alguém que assume o papel central em todo o processo: o treinador. Há que perceber o grande impacto que um treinador tem junto dos seus praticantes para entender que a sua valorização tem sido esquecida.

Na sua grande maioria, os treinadores da formação dão mais valor ao facto de estabelecerem uma relação positiva com os seus atletas do que à sua promoção pessoal. Estes treinadores consideram que, mais importante do que vencer, é aquilo que os jovens aprendem na prática desportiva e o prazer que retiram da atividade. Ao terem estas convicções e os comportamentos correspondentes, a sua interação com os atletas vai‑se pautar pelos valores do desporto e o seu trabalho irá contribuir para melhorar significativamente a qualidade de um ambiente desportivo saudável. No entanto, muitos destes treinadores, jovens ainda, enfrentam grandes obstáculos ao tentarem atingir os objetivos a que se propõem. Na origem destes problemas estão a falta de colaboração dos pais, a interferência de dirigentes, pais e adeptos e a dificuldade em conciliar a sua atividade profissional com o tempo de treino. É igualmente verdade que na formação, mas não só, ainda temos muitos treinadores “voluntários”.

Infelizmente, há também um outro tipo de treinadores, os que têm comportamentos desviantes e irresponsáveis. Atualmente, seja qual for o nível de competição desportiva, encontramos exemplos de comportamentos desajustados por parte dos adultos, sejam eles agentes desportivos ou espetadores. É geralmente reconhecido que a forma como os adultos participam no desporto deriva da ligação que eles estabeleceram com o desporto durante a sua juventude. Não há grandes dúvidas acerca dos efeitos a longo prazo que a prática desportiva exerce sobre as crianças e jovens.

Se a cultura desportiva em que estes adultos foram formados assenta na obtenção de resultados imediatos, na hostilidade e na intimidação, eles não irão gostar do jogo. Eles não irão sequer perceber os princípios do jogo porque viveram o desporto num contexto de desprezo pela ética e pelo fair-play. Por isso assistimos demasiadas vezes a cenas lamentáveis envolvendo agentes desportivos e adeptos.

Quando escutamos ou lemos notícias sobre certas personagens, devemos lembrar-nos de que eles são o produto do contexto em que foram gerados e que não tiveram, nem quiseram ter, a capacidade para perceber O jogo. Escolheram o caminho mais fácil.

Ao longo do tempo, investiu-se muito pouco ou mesmo nada no comportamento. Porém, os valores do desporto não nascem de geração espontânea. Precisam de ser trabalhados desde a base e em permanência, antes, durante e depois de cada treino e de cada jogo. Não é de certeza o caminho mais fácil, mas é seguramente o mais gratificante.

Vitor Santos (Embaixador do Plano Nacional de Ética no Desporto)

AFVR: Montalegre anuncia saída de Riça e Romer

Defesa e avançado deixam clube barrosão; Romer reforça Alcains

O Centro Desportivo Cultural de Montalegre, que disputa a Divisão de Honra da Associação de Futebol de Vila Real (AFVR), anunciou a rescisão contratual de dois jogadores do plantel: o defesa João Riça e o avançado Romer Alegria. A informação foi confirmada pelo clube através de um comunicado oficial, onde agradeceu o contributo de ambos os atletas.

“O Centro Desportivo Cultural de Montalegre vem comunicar a rescisão contratual dos atletas Romer Alegria e João Riça. Resta desejar a maior das sortes a estes dois excelentes profissionais que honraram as cores do nosso clube e da nossa região”, pode ler-se na nota divulgada.

João Rça participou em 15 jogos esta temporada, tendo apontado um golo. Por sua vez, Romer Alegria, realizou 20 encontros e marcou seis golos.

O avançado já encontrou um novo destino, tendo sido anunciado como reforço do Alcains, equipa que milita na Série C do Campeonato de Portugal. Romer fez a sua estreia este domingo, frente ao Mortágua, e marcou um dos golos no empate a dois.

Com estas duas saídas, o número de jogadores que deixaram o Montalegre sobe para cinco. Boris transferiu-se para o SC Praiense, Luciano assinou pelo Vasco da Gama da Vidigueira, e Danielson rumou ao Sport Canidelo.

Por Luis Roçadas

Foto: CDC Montalegre

Jornada negra para as equipas transmontanas no Campeonato de Portugal

SC Vila Real, GD Bragança e SC Régua saem derrotados e complicam os seus objetivos

A 18ª jornada do Campeonato de Portugal revelou-se extremamente negativa para as equipas transmontanas, que saíram derrotadas nos seus respetivos encontros. SC Vila Real e GD Bragança perderam fora de portas na Série A, enquanto o SC Régua voltou a somar mais um desaire na Série B, afundando-se ainda mais na classificação.

Série A: Derrotas de SC Vila Real e GD Bragança

O SC Vila Real saiu derrotado no terreno do Tirsense por 1-0. O único golo do encontro foi apontado por Alex Reis aos 76 minutos, ditando o triunfo da formação de Santo Tirso, que contou com a estreia de Emanuel Simões no comando técnico. Esta derrota compromete as aspirações dos alvinegros, que agora somam 22 pontos, os mesmos que Tirsense e Brito. No entanto, a equipa vila-realense mantém-se fora da zona de despromoção, com o Brito a ocupar a primeira posição abaixo da linha de água.

Já o GD Bragança também não conseguiu pontuar, ao perder por 2-1 na deslocação ao reduto do Dumiense, uma equipa que luta desesperadamente pela manutenção. Todos os golos do encontro foram apontados ainda na primeira parte. José Areias inaugurou o marcador para o Dumiense aos 34 minutos, mas a resposta brigantina surgiu nos descontos da primeira metade, com Nuno Silvano a restabelecer a igualdade aos 45’+1. Contudo, quando tudo parecia encaminhar-se para o empate ao intervalo, Leandro Gomes, aos 45’+4, voltou a colocar os locais na frente do marcador, fixando o resultado final. Apesar da derrota, o GD Bragança mantém-se no terceiro lugar da tabela com 32 pontos.

Série B: SC Régua cada vez mais último

Na Série B, o SC Régua atravessa uma crise profunda de resultados e sofreu mais uma derrota, desta vez na deslocação à Madeira, onde perdeu frente ao Camacha por 1-0. O único golo do encontro foi apontado por André Teles logo aos 16 minutos, ditando a 14ª derrota da formação reguense no campeonato. Com apenas 6 pontos em 18 jornadas, a equipa do SC Régua continua no último lugar da tabela e vê cada vez mais distante o objetivo da manutenção.

Faltando apenas oito jornadas para o final da competição, a formação reguense encontra-se a 16 pontos da zona de permanência. Embora matematicamente ainda seja possível evitar a descida, a tarefa parece praticamente impossível devido à grande diferença pontual e à falta de consistência da equipa ao longo da temporada.

Perspetivas Futuras

A jornada revelou-se altamente prejudicial para as equipas transmontanas, que agora enfrentam desafios distintos nas suas respetivas séries. O SC Vila Real e o GD Bragança continuam na luta pelos seus objetivos, se bem que sejam diferentes, os alvinegros a manutenção, os brigantinos o acesso á fase de subida, mas precisam de reagir rapidamente para não comprometer as suas aspirações na Série A. Já o SC Régua tem um cenário muito mais complicado e precisa de uma recuperação quase milagrosa para evitar a despromoção. As próximas jornadas serão decisivas para estas formações, que terão de encontrar rapidamente soluções para inverter a tendência negativa.

Por Luis Roçadas

AFVR | Vila Pouca-Valpaços: Jogo intenso dá vitória aos aguiarenses

Na 23ª jornada do Campeonato da Divisão de Honra da AFVR, SC Vila Pouca e GD Valpaços protagonizaram um jogo de grande intensidade, com a vitória a sorrir à equipa da casa, que se impôs por 3-1.

O encontro teve um início com um ritmo elevado, e aos 20 minutos, o SC Vila Pouca abriu o marcador após uma excelente recuperação alta. Rebelo cruzou para Danny Mota, que não desperdiçou e fez o 1-0. Antes do intervalo, os aguiarenses ainda tiveram um outro golo, mas este foi anulado por fora de jogo de Danny.

Na segunda parte, o GD Valpaços reagiu e conseguiu chegar ao empate. Aproveitando um erro na defesa local, com um atraso incompleto, Rabiço, aos 60 minutos, não teve dificuldade em rematar para o golo da igualdade.

No entanto, os comandados de Armando Lopes, voltaram a assumir a liderança no marcador. Após uma boa jogada, Aires (70), que tinha saído do banco de suplentes, disparou um remate forte e certeiro, deixando o guarda-redes adversário sem reação. O GD Valpaços ainda tentou a reação e arriscou tudo em busca do empate, mas encontrou pela frente um André Ribeiro inspirado, que fez várias defesas de grande nível.

Já em tempo de compensação, o GD Valpaços parecia ter conseguido o empate, mas o golo foi anulado por falta ofensiva. No contra-ataque imediato, o SC Vila Pouca selou a vitória com um golaço de Alex (90+4), que deu números finais ao jogo, 3-1, e garantiu mais três pontos importantes para a equipa da casa.

Foi, sem dúvida, um jogo de grande entrega e emoção, com o SC Vila Pouca a levar a melhor sobre um GD Valpaços que nunca atirou a toalha ao chão.

Complexo Desportivo Municipal de Vila Pouca de Aguiar.

Vila Pouca – Valpaços, 3-1.

Arbitro: Pedro Faceira.

SC Vila Pouca: André Ribeiro, Gonçalo (Alex,65) , Danny, Pedrinho, Jaime, Cipriano, Filipe, Rebelo (Célyo, 80), Dany Mota, Clayton (Aires, 65) e Tiago Correia (Aguiar, 80).

Treinador: Armando Lopes.

GD Valpaços: Luca, Xala, Simão, Fabian, Moutinho (Danilo, 87), João, Dauda, Mariz, Rabiço, Falcão e Djaló (Beto, 61).

Treinador: Júlio Batista.

Ao intervalo: 1-0.

Marcadores: Dany Mota (20), Rabiço (60), Aires (70) e Alex (90+4).

Por Luis Miguel Roçadas

Foto: GD Valpaços

AFVR: resultados, marcadores e classificação dos jogos da 23ª jornada da Divisão de Honra

Confira os resultados, marcadores e classificação dos jogos da 23ª jornada da Divisão de Honra da AF Vila Real.

Mondinense-Vidago, 1-1
Marcadores: Ricardo Freitas // Igor Sevivas

Vilar Perdizes-Mesão Frio, 2-1
Marcadores: Rafa, Parente // João Pinto

Cumieira-Pedras Salgadas, 0-2
Marcadores: Miguel Carreira, Jordão

Vila Pouca-Valpaços, 3-1
Marcadores: Dany Mota, Aires, Alex // João Rabiço

Chaves B-Atei, 3-0
Marcadores: Tibério, Pedro Cauã, Júnior

Murça-Montalegre, 0-3
Marcadores: Djelimory, Pedro Miguel, Alisson

Abambres-Santa Marta, 1-0
Marcadores: Gonçalo

Cerva-Sabrosa, 3-1
Marcadores: Roberto, Bento, João Ribeiro // Campeão

Sabroso-Fontelas, 1-1
Marcadores: Marcelo Sousa // Caio

Folga: Constantim

CLASSIFICAÇÃO 

1º Chaves B | 22 jogos | 59 pontos

2º Montalegre | 22 jogos | 53 pontos

3º Vidago | 22 jogos | 52 pontos

4º Mesão Frio | 22 jogos | 50 pontos

5º Pedras Salgadas | 22 jogos | 48 pontos

6º Mondinense | 22 jogos | 45 pontos

7º Vilar Perdizes | 22 jogos | 44 pontos

8º Vila Pouca | 21 jogos | 41 pontos

9º Atei | 21 jogos | 32 pontos

10º Valpaços | 21 jogos | 29 pontos

11º Santa Marta | 21 jogos | 22 pontos

12º Abambres | 22 jogos | 22 pontos

13º Constantim | 21 jogos | 21 pontos

14º Cerva | 22 jogos | 18 pontos

15º Murça | 21 jogos | 14 pontos

16º Cumieira | 21 jogos | 12 pontos

17º Sabrosa | 22 jogos | 12 pontos

18º Fontelas | 21 jogos | 8 pontos

19º Sabroso | 22 jogos | 4 pontos

AFVR: José Maria Sousa regressa ao comando técnico do FC Fontelas

Treinador experiente volta ao clube duriense para assumir novo desafio

José Maria Sousa é o novo treinador do FC Fontelas, assumindo o comando técnico da equipa numa fase crucial da temporada. O experiente técnico está de regresso a um clube que bem conhece, depois de o ter orientado nas épocas 2015/16 e 2016/17.

Sem clube desde a sua passagem pelos Juniores B do SC Régua, onde esteve entre 2019 e 2021, José Maria Sousa volta agora ao ativo com a missão de fortalecer e consolidar o projeto do FC Fontelas. Com um vasto conhecimento do futebol regional e uma ligação afetiva ao clube duriense, a sua contratação representa uma aposta na experiência e na continuidade de um trabalho assente na competitividade e no crescimento da equipa.

O novo técnico já terá iniciado os trabalhos com o plantel e prepara-se para enfrentar os desafios da época, procurando impor a sua identidade e garantir resultados positivos para o FC Fontelas.

Por Luis Roçadas

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