A prova da Demoporto registou um recorde de participantes, que proporcionaram um espetáculo intenso em pleno coração de Trás-os-Montes.

A Rampa de Boticas consagrou mais três campeões nacionais no CPM JC Group. Hélder Silva selou o seu 4º título nacional absoluto consecutivo e fê-lo com estilo, reclamando a 6ª vitória consecutiva da época. Luís Nunes chegou ao seu 6º cetro de campeão, segundo consecutivo na Categoria Super Challenge e Parcídio Summavielle rematou as contas na Categoria Turismo, sendo campeão nacional com autoridade.

Numa fim-de-semana carregado de incidentes, acidentes, avarias e chuva, o Demoporto votou a rubricar uma excelente atuação. Nota alta para a agremiação portuense e para o Município de Boticas que foi inexcedível no apoio ao evento.

Desportivamente, a 8ª Rampa de Boticas ficou marcada pelos títulos nacionais entregues e entre eles o absoluto que, pela quarta vez, foi assegurado por Hélder Silva. O piloto poveiro da Power House esteve simplesmente num ‘mundo à parte’ e exorcizou de forma notável o ‘fantasma’ do acidente que protagonizou nesta pista e 2023, voando baixinho com a sua Osella PA21 S LMR2000 a caminho da 6ª vitoria consecutiva da temporada, sagrando-se tetracampeão nacional. Foi o mais rápido, por larga margem, em todas as subidas que efetuou, sendo neste momento praticamente invencível no panorama da Montanha lusitana.

Incapaz de acompanhar de perto o andamento de Hélder Silva, José Correia conseguiu ir melhorando as suas prestações e alcançou com naturalidade o 2º lugar. O piloto e líder da JC Group Racing Team continua a ver a sua Norma FC20 a revelar fragilidades, mas, mesmo assim, volta a ser vice-campeão nacional absoluto.

Nuno Caetano levou a Osella PA21S EVO da Power House ao 3º lugar, depois de um fim-de-semana em que foi melhorando sucessivamente as suas marcas. O eclético piloto alcançou assim o seu primeiro pódio absoluto no campeonato.

Nos Protótipos B foi tempo de estreia no lugar mais alto do pódio para o ‘rookie’ Afonso Santos. Senhor de uma segurança e eficácia pouco habitual num jovem de 17 anos, cuja experiência era totalmente em simuladores, antes de se lançar na aventura de conduzir nesta época um protótipo BRC B49 EVO, o poveiro da Power House aproveitou da melhor forma os problemas no Silver Car S2 de Nuno Guimarães, habitual dominador, chegando à primeira vitória da sua curta carreira. Nuno Guimarães conseguiu, mesmo assim, assegurar o 2º posto, com Sérgio Nogueira (BRC CM05 EVO) a fechar as contas do pódio.