O Montalegre precisava de ganhar, mas o Fafe foi mais eficaz.

Até entrou melhor no jogo a formação transmontana. Os primeiros 20 minutos tiveram mais Montalegre. Boa circulação de bola, rapidez e precisão nas ações. Neste período, o Montalegre aproximou-se por três ocasiões junto da baliza de João Gonçalo. Logo à passagem do minuto 6, Bruninho cria perigo com remate ao lado.

O Fafe ajusta, equilibra e cria muitas dificuldades aos médios do Montalegre que ficam com pouca bola, perdem-na e têm dificuldades em ligar o jogo. Com o guarda-redes Jeimes fora da baliza, Manú, lateral direito do Montalegre, evita o golo, e depois Rui Bruno corta a seguir. Pedro Matos também tenta almejar a baliza, todavia o remate sai por cima da trave.

Jogo muito disputado, sem muita qualidade técnica e que registava um nulo ao intervalo.

Na etapa complementar, Mané entrava para o lugar de Ari, porém é o Fafe que entra melhor e ameaça por Milhazes. Valeu a defesa em esforço de Jeimes. No minuto seguinte, de livre, o Fafe abre o marcador: excelente cruzamento de Gabi Pereira para o interior da área e cabeceamento forte e colocado de Guilherme Ferreira.

Se a equipa do Montalegre não estava bem, ficou ainda mais intranquila e nervosa. Entretanto, os barrosões recompõem-se e voltam a carregar sobre a baliza contrária. No entanto, era tudo muito em esforço.

Aos 60´e 65´Didi faz perigar a baliza do Fafe. Dois minutos depois, Gonçalo faz defesa por instinto, e Pio está perto do empate. Aos 80´, o cabeceamento de Didi acaba por sair ao lado do alvo.

Em contra-ataque, Vilson Caleir pôde ter feito o 0-2 e acabar com o jogo. Jeimes defendeu e acabou por ser expulso após o apito final, por protestos junto da equipa de arbitragem. Antes, Marcelo Machado viu o segundo amarelo pelo mesmo motivo.

O Montalegre acabou o jogo de cabeça perdida. Era fundamental ganhar…

Tiago Oliveira, diretor desportivo do Montalegre, lamentou o desaire: “Temos perdido alguns pontos e jogos em questões de detalhes. Hoje, mais uma bola parada que fez naturalmente a diferença. Nós tivemos algumas ocasiões mais flagrantes que o Fafe.”

Luís Pinto, treinador do Fafe, referiu que ”é bom começar a ganhar, ganhar na casa de um adversário direto, que tem muita valia mesmo. Foi uma vitória que nos custou muito. A nossa equipa foi extremamente competitiva e organizada.”

Por Nuno Carvalho