A equipa duriense soma e segue no Campeonato de Portugal de Montanha 2023. Na 44ª Rampa da Penha Paisagem Protegida, Nuno Guimarães manteve a invencibilidade nos Protótipos B e António Rodrigues voltou a conquistar o 3º posto da geral.

Duas provas na temporada e a NJ Racing já tem no seu bornal duas vitórias e quatro pódios, graças ao seu forte quarteto de pilotos.

A liderar o ‘exército’ da estrutura duriense aparece Nuno Guimarães que está a dar continuidade em 2023 à época fenomenal que rubricou na temporada passada. Na Penha, rodou com cautelas no sábado, devido a um problema no Silver Car S2. Mesmo assim, a liderança na divisão protótipos B ficou desde logo garantida.

O domingo soalheiro foi comparsa das suas ganas para se chegar mais à frente na geral e atingiu esse alvo com maestria. Paulatinamente, aproximou-se do Top 5 absoluto e, num esforço final, subiu ao 4º posto, selando mais um triunfo na sua divisão.

“Foi uma prova que correu bem, mas enfrentamos algumas dificuldades. Pela primeira vez, tivemos problemas com a caixa de velocidades do Silver Car, mas a nossa equipa técnica conseguiu resolver o problema a tempo das duas últimas subidas de prova, onde retomei o ritmo normal e deu para subir ao 4º lugar da geral, vencendo ainda nos B. fiquei mais preocupado com os problemas técnicos que afetaram a equipa, sobretudo  o Nuno Pinto. Vamos agora trabalhar com afinco para os resolver antes da Arrábida!”.

E, como referiu Nuno Guimarães, a “fava” da prova saiu ao outro craque da NJ Racing a competir nos Protótipos B.

Desde o arranque do fim-de-semana que se percebeu que a “barchetta” ADR Sport II de Nuno Pinto não queria colaborar. Mesmo assim e com muito esforço do piloto e trabalho da equipa, conseguiu rodar na subida de prova da jornada de sábado, mas com visíveis limitações. No domingo de manhã, ainda alinhou na subida inicial de warm-up, mas a ‘sentença” estava dada:

“Foi um fim de semana bastante azarado. Sentia-me muito confiante com o carro depois da Rampa de Murça e fui para a Penha com o objetivo de, a cada subida, melhorar os meus tempos e aperfeiçoar a minha condução. No sábado, não alinhei nos treinos, por causa da chuva e, na subida de prova, senti logo que o carro não estava bem. No domingo só fiz o warm-up, pois a ADR não quis colaborar comigo. Espero resolver tudo a tempo da próxima rampa”.

Para António Rodrigues o traçado da Penha era uma espécie de Némesis que tinha de enfrentar. E fê-lo com valentia e talento, disputando taco-a-taco a liderança na tabela de tempos, subida após subida, mesmo que fosse percetível alguma cautela.

Na última subida, poderia ter chegado à liderança, não fosse um toque que o fez perder tempo, tendo, mesmo assim, a “Bala do Duro” registado 1:27.752, o seu melhor crono do fim-de-semana. O 3º lugar  da geral no final, a 2,3 segundos do vencedor, é positivo para as suas aspirações na temporada.

“Foi um fim-de-semana muito positivo. Fomos melhorando ao longo dos dois dias de competição, exorcizamos todos os “fantasmas” do passado e voltamos a conquistar o 3º lugar absoluto, garantindo assim o segundo pódio da temporada. Estivemos sempre na discussão e os tempos foram melhorando. Na última subida, um pequeno toque prejudicou o registo, mas temos de sair satisfeitos da prova, sobretudo pela evolução que estamos a ter com o Silver Car.  Ao contrário de 2022, onde, após as duas primeiras provas, não tínhamos pontos, agora estamos bem acima na tabela, na luta pelo título. Vamos lá para a Arrábida!”.

Para Rute Brás, a Rampa da Penha representou mais um momento onde pode demonstrar a sua capacidade de evolução e a garra que coloca em pista aos comandos do Peugeot 206 RC da NJ Racing. A “Amazona do Douro” pulverizou a sua melhor marca de 2022 e logrou conquistar um Top 5 na Divisão Turismos 3, resultado que lhe permite manter um lugar no pódio da tabela de pontos do campeonato.

“A Penha foi mais um desafio suplantado. Um fim de semana cheio de adrenalina e diversão. No dia inicial dia senti receio por causa da chuva, mas as coisas correram bem. Com calma os tempos foram saindo. No domingo, mais a vontade com o tempo, forcei mais o andamento, mas sinto que podia ter feito muito melhor, corrigindo alguns erros. Estou contente com a prestação e evolução que para mim é notória. Gosto imenso desta rampa, principalmente pelo público fantástico que tem … é isto que muitas vezes também nos motiva a tentar fazer sempre melhor!”.

Serão agora três semanas até à próxima prova do campeonato. A 22 e 23 de abril ,será a vez do Clube de Motorismo de Setúbal entrar ao serviço, organizando mais uma edição da Rampa PêQuêPê Arrábida.

Foto: Ricardo Soares/Manuel Rocha/Veddacom)