Na situação que está a ser vivida pelo Benfica, há várias verdades que, aparentemente contraditórias, coexistem no espaço e o tempo.
– É verdade que, entre agosto e março, o percurso dos encarnados foi sódio e até, por veze, empolgante;
– É verdade que a pré – eliminatória e o play-off para a Liga dos Campeões, assim como a fase de grupos, superando PSG e afastando a Juventus, e os oitavos de final, foram ultrapassados com uma autoridade que há muito não se via aos encarnados;
– É verdade que, quando Rui Costa, há mês, decidiu prolongar o contrato com Roger Schmidt até 2026, ouviu-se na nação benfiquista uma ovação de pé, porque o futuro estava assegurado. Agora, alguns dos entusiastas a aplaudir, vêm agora questionar essa decisão, com a coerência de uma cata -veto;
Mas também é verdade que:
O rendimento da equipa tem vindo a decair especialmente depois do regresso das seleções, e que há vários jogadores-chave no sistema de Schmidi que deixaram de ter os 90 minutos nas pernas;
As três derrotas consecutivas, com FC Porto, Inter e Chaves, que encurtaram a liderança na liga para quatro pontos sobre os dragões, e deixaram a continuidade na Champions em condições periclitante, tiveram efeito psicológico negativo e minaram a confiança, não só dos jogadores, que passaram a ver cada serra do Marão como se fosse o Everest mas também, mas também dos adeptos;
O treinador do Benfica precisa de criar condições, através de um diferente manuseamento das substituições, para que a sua equipa volte a ter condições de fazer o que fez até março, ou seja, não deixar jogar o adversário e atacar rapidamente a baliza contrária:
Querem mais uma verdade?
Num campeonato, prova de regularidade, as contas fazem-se no fim, independentemente dos altos e baixos de cada equipa ao longo da época e, neste momento, o Benfica continua a ser o principal candidato ao título nacional.
Falta a situação mentirosa;
E Chaves o Benfica não terá vencido apenas porque o árbitro fugiu de tomar uma decisão importante ao cair do pano, na dupla falta sofrida por Otamendi na área flaviense, e o VAR, por incompetência ou cobardia, não fez o que e lhe competia. DéJà vu…
Orlando Fernandes