Depois de várias épocas em que havia sempre uma grande dificuldade em derrotar o Sporting, o FC Porto tomou-lhe o gosto e meteu a 5ª vitória consecutiva perante os leões.

 Menos de um mês depois da final de Leiria, onde o FC Porto conquistou a sua primeira Taça da Liga, o conjunto azul e branco foi a Alvalade vencer por 2-1, resultado que permite continuar a perseguir o Benfica no topo da classificação. Uribe e Pepê apontar os golos, tendo Chermiti reduzido na parte final para os verde e brancos, mas aquilo que focou patente mais una vez foi a diferença entre um conjunto mais competente a nível posicional, mais experiente e que também “sabe sofrer”.  

 Na verdade, o Sporting esteve por cima em vários momentos, terá mesmo criado mais ocasiões na premera parte, mas quem assistia era notório que o FC Porto precisava de menos toques e intervenções dos sues jogadores para chegar à área contrária incomodar Alán e a defensiva da casa. Neste particular, Pepê foi, de longe a unidade que mais desequilibrou, conseguindo sempre aparecer em transporte no corredor central, onde fugia da marcação de Ugarte e recebia de frente para os centrais adversários. Além disso, apontou um golo bonito e que veria a ser determinante para a obtenção dos três pontos.

 Numa tarde sem Otávio, Wendell, Evanilson e Eustáquio, foi o ex – Grêmio a sobressair, até porque Mehdi Taremi atravessa uma fase menos positiva. Lá atrás, Pepê. Marcano e Diogo Costa deram a resposta habitual aparecendo sempre um deles para impedir as intenções leoninas de inaugurar o marcador.

 Quanto ao Sporting, continua a verificar-se uma grande irregularidade e inércia para reagir à adversidade. Apesar do forte investimento em Jeremiah Sr. Juste, o neerlandês continua a não contar por problemas físicos, enquanto a ausência de Morita, que obrigou Pote a recuar, também deixou a equipa mais frágil no miolo. Acontece que também Rúben Amorim parece começar a ficar farto da ausência de resposta de alguns jogadores. Se Rochinha ou Sotiris, reforços de verão já não contam, Trincão foi substituído no primeiro tempo, Ricardo Esgaio entrou e saiu e o próprio o Nuno Santos começou no banco de suplentes.

 Ademais, o técnico mexeu muito durante os 90 minutos (e nos três setores), sinal de que continua a não existir muita consistência e coerência nas opções. Não surpreende, por isso que o pódio seja já uma miragem.

Orlando Fernandes