Início Site Página 243

Filme “Velocidade Furiosa” chega a Vila Real

Portugal é um dos países escolhidos para as filmagens do próximo filme da saga “Velocidade Furiosa”, protagonizada por Vin Diesel. Vila Real será um dos locais onde, no nosso país, vai decorrer esta grande produção cinematográfica.

Sofia Noronha, da produtora Sagesse Productions, confirmou à Lusa que estão previstas filmagens do mais recente filme da série “Velocidade Furiosa” nas regiões Norte, centro e em Lisboa, “durante umas boas semanas”, envolvendo vários municípios e a presença em Portugal de uma equipa que contará com 600 a 700 pessoas, entre profissionais portugueses e estrangeiros.

O Jornal o Centro informou, na passada quinta-feira, que a região de Viseu, nomeadamente o antigo IP5, será palco de algumas filmagens desta longa-metragem, enquanto o presidente da câmara de Vila Real, Rui Santos, confirmou no mesmo dia que a cidade acolherá uma produção de Hollywood ligada à “alta velocidade”, entre junho e julho.

O 10º filme da saga – Fast X – virá ao Norte de Portugal e as rodagens coincidirão com o 51º Circuito Internacional de Vila Real, em julho. De acordo com o autarca Rui Santos, “o excesso de coincidências significa que não há coincidências”. “A junção de um filme cujo nome é Velocidade Furiosa com a capital do automobilismo em Portugal e com o melhor circuito urbano do mundo não será, com certeza, por acaso”, comunicou a autarquia.

O filme da lucrativa série “Velocidade Furiosa” é realizado pelo francês Louis Leterrier. Conta no elenco com, entre outros, Vin Diesel, Charlize Theron, Jason Momoa, Brie Larson, Michelle Rodriguez e a portuguesa Daniela Melchior. A rodagem já iniciou e acontece pelo menos em três países: Reino Unido, Itália e Portugal.

Com um orçamento que já ultrapassou os 300 milhões de dólares, a produtora portuguesa referiu que o filme “é um investimento económico brutal no país”.

Juniores “A” do Grupo Desportivo de Boticas sagram-se campeões

A equipa de Juniores “A” do Grupo Desportivo de Boticas (GD Boticas) sagrou-se campeã distrital de futebol na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Vila Real (AFVR), no passado sábado, dia 28 de maio.

O Complexo Desportivo de Boticas foi assim palco da festa, com jogadores, treinadores e dirigentes do clube a celebrarem o título de campeões logo após a vitória sobre o Real Clube Penaguião, por uns expressivos 12 – 0.

O Vice-presidente da Câmara de Boticas, Guilherme Pires, e o Vice-presidente da Direção da AFVR, José Manuel Fernandes, foram os responsáveis por entregar a taça e respetivas medalhas ao campeões distritais.

Os familiares e amigos dos atletas também participaram nos festejos, aplaudindo o jovens jogadores desde as bancadas do Estádio Municipal.

O Município de Boticas felicita assim o GD Boticas por mais este título e parabeniza a estrutura o clube pelos excelentes resultados alcançados na presente época desportiva.

O legado de José Mourinho

 Muitos olhavam-no como se estivesse no chão, depois de anos de glória e de brilho mágico que o tornou num dos treinadores mais vencedores e carismáticos da história do futebol. Se calhar, José Mourinho até pedia estar perto do chão, mas a verdade é que a força dos homens vê-se nos momentos mais delicados da vida.

 Mesmo sem a magia de outros tempos, nem futebol sedutor que foi uma imagem de marca no FC Porto, voltou a mostrar uma capacidade de se reinventar que só os mais ambiciosos são capazes de conseguir. Levou a Roma à conquista da Liga Conferência, nunca perdeu uma final europeia e é o único treinador que ganhou todas as atuais competições continentais.

 Em parte, esta vitória fez José Mourinho voltar às origens, porque uma coisa é ganhar uma prova europeia pelo Inter de Milão ou pelo Manchester United clubes ricos aristocratas e com grande peso histórico, outra coisa é consegui-la numa Roma sem a força do passado ou garanti-la ao serviço de um outsider como era o FC Porto no início do século.

 Ao longo de mais de 20 anos de carreira como treinador principal José Mourinho teve o mérito de criar um estilo e uma identidade que serviram de inspiração e mudaram a face do futebol mundial. A questão dos mind games – os jogos de futebol começam na sala de imprensa e só depois se disputam no relvado -, a forma de incutir confiança nos jogadores, colocando-lhes uma sede quase infinita de vencer e ainda a parte mais técnica do futebol fazem dele um pioneiro.

 Sempre valorizou a importância de preparar um jogo, focando-se no detalhe nos movimentos dos jogadores adversários e nos pontos fortes e fracos, José Mourinho tem um enorme legado de títulos e vitórias, tornando-se num dos treinadores mais marcantes de sempre.

 Mas mais do que os títulos, toda esta forma de agir é que se tornou especial e fez história num homem que, por muito rico e ganhador que seja, nunca perdeu a fome de vencer.

Orlando Fernandes (jornalista)

O novo Benfica

Roger Schmidt chegou a Portugal para assinar pelo Benfica por duas temporadas. O alemão de 55 anos tem um currículo modesto no que a títulos diz respeito, mas somou vários trabalhos interessantes ao longo da sua carreira. Campeão na Áustria há mais de uma década. Roger Schmidt passou ainda pelo Bayer Leverkusen, pelos chineses do Beijing Guoan e, mais recentemente, pelo PSV Eindhoven, onde enfrentou o Benfica na pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

 O saldo nos Países Baixos foi dois segundos lugares no campeonato e dois troféus conquistados, mas a tarefa agora é devolver o Benfica ao trilho do sucesso. A esperança da direção e dos adeptos é precisamente essa, ou seja que Roger Schmidt setia o motor necessário para criar um novo Benfica.

 São várias as curiosidades em torno desta aposta de Rui Costa, nomeadamente a necessidade de criar um plantel que encaixe perfeitamente nas ideias do antigo médio, bem como verificar se o seu modelo de jogo tem impacto numa liga como a portuguesa.

 As equipas de Roger Schmidt caracterizam-se por ser vertiginosas, como um futebol direto e objetivo, de pressão alta e de procura constante pelo golo. Por norma, não há tempos mortos e, por isso, é de esperar espetáculo. No entanto, nos campeonatos por onde passou Schmidt nunca encontrou dificuldades como encontrará aqui, em teoria.

 Em Portugal, os adversários do Benfica optam quase sempre por uma postura especulativa, com isso muitas unidades atrás da linha da bola e que retiram muito espaço ao ataque das águias. Assistir à necessidade de Roger Schmidt superar esse tipo de jogo menos dividido será muito interessante.

 Por outro lado, o perfil físico dos jogadores do Benfica não se coaduna com a exigência. Tanto médios, como laterais ou estremos terão de dar muito mais a nível de pressão e recuperação defensiva, o que indicia que muitos atletas poderão estar no mercado. Inversamente, já chegaram Petar Musa e Ristic, lateral que terminou contrato com o Montpellier e que tem a tal capacidade física acima da média.

 Ainda assim, estando Grimaldo de saída, ainda poderá chegar outro lateral esquerdo, como poderão estar na calha jogadores para todos os restantes setores.

 Há, por isso, muito para estruturar definir e ainda é uma incógnita que o Benfica teremos no arranque da nova época, mas a frase “se amas o futebol, amas o Benfica” já deixou marca.

Orlando Fernandes (jornalista)

Árbitro de Futsal de Vila Real ficaram a conhecer classificações nas categorias C2, C3 e C4

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) fez saber, através do comunicado nº 762, as classificações dos Árbitros de Futsal para a época 2021/2022.

𝗠𝗔𝗡𝗨𝗧𝗘𝗡𝗖̧𝗔̃𝗢 𝗡𝗢 𝗤𝗨𝗔𝗗𝗥𝗢 𝗖2
10º – Pedro Miguel Teixeira Oliveira
13º – Mauro Ruben Cardoso Ribeiro
18º – Hugo José Prazeres Martins

𝗠𝗔𝗡𝗨𝗧𝗘𝗡𝗖̧𝗔̃𝗢 𝗡𝗢 𝗤𝗨𝗔𝗗𝗥𝗢 𝗖3
11º – Rui Manuel Machado Pereira
13º – Carlos Manuel Teixeira Afonso
21º – Vitor Hugo Faria Santos
33º – Pedro Miguel Rua Silva Campos

𝗠𝗔𝗡𝗨𝗧𝗘𝗡𝗖̧𝗔̃𝗢 𝗡𝗢 𝗤𝗨𝗔𝗗𝗥𝗢 𝗖4
16º – Luís Paulo Dias Sousa
24º – Marcos Rodrigues Ribeiro

A AF Vila Real parabeniza todos os seus filiados pelo desempenho na época 2021/2022, congratulando-se das manutenções nos quadros.

Entrevista a Vítor Gamito

Entrevista de Gonçalo Novais a Vítor Gamito, treinador do GD Vilar de Perdizes

Apresentada 51ª edição do Circuito Internacional de Vila Real

No passado dia 19 de maio decorreu a primeira sessão da apresentação da 51ª edição do Circuito Internacional de Vila Real, onde foram desvendados o cartaz e o novo logótipo do Circuito, numa cerimónia que decorreu no Nosso Shopping. Numa história que teve início em 1931 e que está recheada de momentos marcantes, Vila Real começa assim a aquecer os motores para receber aquela que se pretende que seja a melhor edição de sempre das provas vila-realenses.

O autarca Rui Santos, visivelmente satisfeito com o regresso das corridas, salientou que o Circuito é provavelmente a maior bandeira da cidade em todo o mundo e o seu maior fator de reconhecimento. E por essa mesma razão, é vontade do Município continuar a investir na sua promoção, na sua segurança, apelando à união de todos em torno desta que é já uma impressão digital de Vila Real, evitando assim que o passado se repita, com a interrupção das provas.

Renato Costa, responsável da empresa – Bisarro Studio – criadora da imagem do circuito, manifestou um grande entusiasmo em estar associado a um evento desta envergadura e afirmou ser grande o prazer de materializar a identidade gráfica que tornará Vila Real reconhecível aos olhos de todos.

José Silva, Presidente da Comissão Promotora do Circuito, saudou todos os envolvidos neste processo e salientou toda a história que liga umbilicalmente o circuito à sua cidade, antevendo um futuro brilhante para a cidade e para o desporto automóvel.

Depois de um interregno de 2 anos, por força da pandemia, Vila Real vê assim regressar às suas ruas as tão ansiadas corridas, naquele que promete ser um fim-de-semana memorável, cheio de velocidade, adrenalina e festa para os vila-realenses e para todos aqueles que nos visitam.

Murça SC é vice-campeão nacional da Liga de Futsal da Inatel


Após ter alcançado a liderança do Campeonato Distrital da Liga Inatel de Futsal de Vila Real, na qual se sagrou a campeã, a equipa murcense representou a Inatel de Vila Real na Fase Nacional do Campeonato de Futsal, que decorreu no passado fim de semana, no Pavilhão Dr. Francisco Gomes da Costa, em Vila Pouca de Aguiar.

A equipa do Murça Sport Clube defrontou a AD Escala, do distrito de Lisboa, tendo a equipa lisboeta vencido a equipa transmontana nas grande penalidades por 3-0 (1-1 no final do tempo regulamentar).

Os Direitos da Criança no Desporto

O direito das crianças ao desporto deve ser visto nesta exata perspetiva: como um direito seu e não de terceiros. Abordar este tema é aceitar que a criança, como ser humano que é, tem direitos inerentes pela sua essência e existência.

Todas as crianças têm o direito de ser ouvidas e de que as suas escolhas sejam tidas em consideração (de acordo com a sua idade). Contudo, este direito nem sempre é salvaguardado e aplicado na sua plenitude. Nos clubes e competições, o foco está colocado no resultado, na classificação e não na formação. Porém, nem todas as crianças são iguais, nem têm a mesma paixão ou potencial. Temos crianças competitivas e outras menos. As sensibilidades nas crianças são pouco homogéneas.

As crianças são como são e não como os adultos gostavam que fossem. A prática desportiva não pode ser vista como uma obrigação, um sacrifício em resposta aos interesses dos agentes desportivos (pais, treinadores, dirigentes, etc.). De igual modo, também a escolha da modalidade não pode ser-lhes imposta.

O desporto para crianças deve respeitar o contexto próprio da sua idade, fora de qualquer manipulação exercida pelos adultos. Os pais, treinadores e dirigentes devem compreender a complexidade dos fatores envolvidos na formação desportiva das crianças. Por exemplo, a especialização precoce pode ter consequências negativas e é uma das principais razões para o abandono da prática desportiva na adolescência.

Hoje, é consensual que os quadros competitivos do desporto infantil são desajustados e feitos à imagem e interesse dos adultos e não do interveniente principal, a criança. No desporto sénior profissional vale (quase) tudo para se vencer, em especial no futebol, e esse mau exemplo acaba por contagiar toda a pirâmide desportiva. É necessário intervir para quebrar a cadeia de contágio.

Em relação aos pais, as crianças gostam que estes estejam presentes na sua prática desportiva, mas que tenham uma linguagem e comportamento positivo e não as condicionem. A superproteção na prática desportiva da criança é um obstáculo ao seu desenvolvimento, à sua criatividade e autonomia. O desporto não tem perigos acrescidos e as crianças devem aprender a resolver os «cenários» em que se encontram.

Atualmente, muitas crianças têm uma atividade desportiva demasiada organizada, com uma mensalidade suportada pelos pais, que induz as expetativas de que os filhos devem atingir determinados resultados que os pais veem como a justa compensação do seu “investimento”. Espera-se o “sucesso” e não apenas que as crianças sejam felizes a jogarem entre elas.

Basta de tratar as crianças como atletas miniadultos que não são! Tratemos as crianças como crianças que são.

Feliz dia a todas as crianças.

Vítor Santos (Embaixador do Plano Nacional de Ética no Desporto)

Desporto “Tuga”

Todos os momentos são oportunos para se abordar o tema da ética no desporto.

No desporto português existe, pelo menos, algo transversal a todos os agentes e clubes: a desconfiança. Um sentimento muito português em que o outro só ganha porque é “chico‑esperto” e nunca por mérito. No desporto não pode existir dúvida nenhuma em relação ao mérito do vencedor, pelo que a vigilância ética tem de ser vivida por todos.

O adepto anónimo tem todo o direito a ser fanático pelo seu clube e fazer todo o tipo de comentários e avaliações, por mais ridículos que sejam. Quando falamos de agentes desportivos (dirigentes, treinadores, atletas, árbitros, jornalistas, pais, etc.), já não temos de ser tolerantes ou permissivos. Temos de ser exigentes no respeito pelo desporto, pela modalidade e pelo agente desportivo.

A verdade é que existe logo de início uma perceção de incompetência dos outros. Os treinadores, árbitros e adversários são todos uns incompetentes e “eu” é que sei. Esquecemo‑nos do mérito. Que do outro lado existe trabalho, dedicação e vontade iguais ou superiores muitas vezes aos nossos. Outra perceção também imediatamente subjacente é a de injustiça. O mundo está todo contra nós. São as competições que estão mal, a equipa adversária que faz batota, a nomeação de árbitro/VAR que visa prejudicar‑nos. A vitimização é por demais evidente. Os argumentos são sempre os mesmos: “pequenos, mas dignos”, “da aldeia, com muito gosto”, “pobres, mas sem dívidas”. Este tipo de argumentos não faz sentido quando falamos de desporto. Temos é de falar de organização, superação, trabalho, etc.

Perante tudo isto, assistimos a uma falta de respeito pelos agentes desportivos: treinadores, árbitros, dirigentes e atletas. O treinador porque é chulo, o árbitro porque é corrupto, o atleta porque é vadio e o dirigente porque é um oportunista. Estes são os alvos dos mais variados comentários depreciativos. Não raro são os próprios dirigentes e treinadores a darem voz a estas observações, o que ainda é muito mais grave. Estes julgamentos primários definem o carácter de quem os faz e não do alvo a que se dirigem.

Os líderes são pouco líderes. Não acreditam nas suas escolhas, nas suas equipas, no seu trabalho! Quando um treinador permite que seja feita alguma intervenção extrajogo por parte da direção do clube, nunca mais vai ser respeitado. Se corre bem, será a direção a vangloriar-se de ter ganho o jogo, a competição. Se corre mal, é despedido.

Os principais clubes portugueses não têm muito a ensinar em termos de gestão. Os passivos financeiros são conhecidos e muito do ruído que fazem é para não se falar do que realmente importa: o jogo. Por isso não vão por aí, porque vão gastar dinheiro que não têm e que vão ter de pagar.

Quando falamos em formação, tudo se amplifica. Os pais são dos que alinham neste tipo de estar no desporto e argumentam desta forma. Têm de ser educados e ensinados sobre o que é o desporto e a modalidade. Ninguém quer prejudicar o seu filho. Ele não é o centro do mundo. É uma criança que quer divertir-se e aprender a jogar. O treinador não persegue o seu filho. O árbitro nem sabe quem é o seu filho. O adversário quer o mesmo que o seu filho.

Por isso, deixem jogar e desfrutem do espetáculo que é o desporto. Tal como o seu filho.

Vítor Santos (Embaixador do Plano Nacional de Ética no Desporto)

Últimas notícias