Docente da UTAD/CIDESD avalia atletas durante o Campeonato Nacional de Voleibol de Praia e comenta as finais da 3º Etapa na Bola TV

O Investigador do CIDESD Vicente João e Docente do Departamento de Ciências de Desporto da UTAD, durante o último fim de semana avaliou os atletas de Voleibol de Praia na 3ª Etapa do Campeonato de Voleibol de Praia (CN), da Federação Portuguesa de Voleibol (FPV) em Freixo de Espada à Cinta.

O Docente e investigador da UTAD/CIDESD, iniciou em 2013 a monitorização de atletas de voleibol de praia de alto nível, tendo como objetivo avaliar a carga interna e externa, recorrendo a alguns instrumentos de investigação para avaliar durante a competição nacional. Avaliou a maioria dos atletas presentes na competição masculina e feminina. 

Com esta investigação, o investigador teve como objetivos identificar algumas variáveis importantes para a quantificação da carga de treino e a preparação para a competição, recolhendo assim: as distâncias percorridas em metros por cada atleta, número de saltos (impulsão vertical) de realizados no serviço, remate e bloco, aceleração, desaceleração, intensidade de esforço, frequência cardíaca dos atletas, player load, entre outros parâmetros importantes. Como é sabido, no voleibol de praia, só existem 2 jogadores, jogando num formato 2×2. 

Neste sentido, existindo a especialização de jogadores, como o blocador e o defesa. Estes jogadores têm funções diferenciadas e formas de atuação muito especificas no jogo de voleibol de praia. Alguns dos resultados encontrados nesta avaliação, é que os jogadores percorrem por jogo, uma média de 2000 metros (o jogador defesa cerca de 1800 metros e o jogador blocador cerca de 1600 metros), já na impulsão vertical (saltos de serviço. Bloco e remate) os jogadores blocadores fazem cerca de 130 saltos, enquanto os jogadores defesas, cerca de 40 saltos. Só por estes dois indicadores, se observam valores diferentes na forma de preparar o volume de treino de ambos, assim como na preparação da competição. Por outro lado, quanto aos valores observados da frequência cardíaca, esta anda nos dois jogadores entre 85 a 90% da sua capacidade máxima de resposta em termos aeróbios. Noutros indicadores, como aceleração, a desaceleração, velocidade máxima, metros por minuto e o player load, o jogador defesa demonstrou ter capacidade de resposta superior ao jogador blocador em todos os parâmetros avaliados. No entanto à impulsão vertical, o jogador blocador é realmente um jogador que tem de estar preparado para esta função de atacar e blocar, visto que tem um volume enorme quando comparado ao jogador defesa, nesta vertente da impulsão vertical e salto.

Ao mesmo tempo, o docente investigador Vicente João, foi convidado a comentar as finais Feminina e Masculina da etapa do CN de Voleibol de Praia na Bola TV, visto que realizou por várias vezes, noutros momentos e campeonatos realizados. No próximo fim de semana, o docente investigador da UTAD/CIDESD, continuará a avaliar os atletas masculinos e femininos na 4ª etapa de Voleibol de praia do CN em Portimão, na Praia da Rocha e fará os comentários no Domingo às 15h e 16h na Bola TV respetivamente.