Um jogo de futsal do escalão Infantil, da AFVR, disputado entre o Académico Alves Roçadas e a Academia Johnson Januário, realizado no passado sábado, dia 3 de dezembro, terminou logo aos primeiros minutos do apito inicial, devido a ameaças à arbitragem, após a invasão de campo por parte de um pai de um jogador.
Fonte do Desportivo Transmontano contou que, após a expulsão de um jogador da Academia Johnson Januário, “o delegado da equipa entrou também em campo”, direcionando insultos à jovem árbitra que se encontrava a apitar a partida.
“Depois de confrontada a árbitra, o delegado da equipa visitante mandou retirar os atletas de campo, como forma de protesto à equipa de arbitragem, abandonando assim o recinto de jogo. Logo a seguir, os pais dos atletas tentaram resolver o assunto com recurso à violência”, adiantou a fonte.
Alegadamente, após os jogadores se retirarem do campo, um pai de uma das crianças entrou no recinto de jogo e também ameaçou a árbitra.
Os árbitros, que muitas vezes comprometem a sua vida pessoal para apitar jogos, são recebidos em campo com os chamados “ódios de estimação”, recebendo variados insultos, muitas vezes por parte dos encarregados de educação das crianças, que, com isto, não desempenham corretamente a sua função de educandos.
Este tipo de comportamento pode, inclusive, levar ao afastamento de árbitros do futsal e do futebol de formação. Sem árbitros, não há jogo e sem jogo não há equipas desportivas que estimulam a educação e os valores dos mais jovens.