O quarteto da equipa duriense teve sortes diferentes na Rampa de Boticas, oitava e última prova da temporada 2023.

A NJ Racing que, uma vez mais, viveu uma época ao mais alto nível, continuando a dar cartas no Campeonato de Portugal de Montanha JC Group, chegou à prova final, em pleno coração de Trás-os-Montes, com o título nos Protótipos B já renovado por Nuno Guimarães, divisão em que também já se sabia que o regressado Nuno Pinto iria dar mais um pódio à equipa, pois, o 3º lugar estava assegurado.

A equipa sabia ainda que o 3º lugar da geral absoluta poderia ir parar novamente ao seu palmarés, pois o mesmo iria ser decidido entre Nuno Guimarães, António Rodrigues e Luís Nunes, sendo ainda de realçar que Rute Brás estaria focada na defesa de um lugar no Top 5 final das contas da Divisão Turismos 3.

Mas os favores da fortuna nada quereriam com a NJ Racing quanto ao pódio absoluto sonhado.

Após fazer um excelente tempo na 1ª Subida de Prova, realizada no fim da tarde de sábado, António Rodrigues viu acender uma luz de alarme no seu Silver Car EF10 e regressado à sua boxe, viu ser-lhe dado o pior veredicto: motor partido e fim de linha para a prova e para a época. Fica, como consolo, ter assegurado, mesmo assim o Top 3 final nas contas dos Protótipos A.

“No primeiro dia de competição em Boticas conseguimos ser competitivos, mesmo sem forçar o andamento. A desilusão veio nas centenas de metros finais da Subida de Prova de Sábado, quando acendeu uma luz de alarme e nos obrigou a levantar o pé. Apesar disso, conseguimos o 3º tempo à geral. Chegados à assistência, o veredito foi cruel: um motor com três dezenas de quilómetros de utilização tinha cedido e nada havia a fazer. Estamos obviamente muito desiludidos, mas só baixamos a cabeça por um simples momento de tristeza, pois sabemos que iremos preparar o futuro com anda mais força, mais garra, mais ambição e mais querer!”, resumiu António Rodrigues no final.

Por outro lado, Nuno Guimarães começou a sentir alguma vibração no Silver Car S2, limitando-lhe o andamento, o que não lhe permitiu melhor do que terminar a Rampa de Boticas no 7º lugar da geral e no 2º posto dos Protótipos B.

Nas contas finais da geral do campeonato, o “Capitão da Montanha” e o “Bala do Douro” asseguraram o 4º e o 5º lugar.

“Foi um fim-de-semana com sentimentos mistos. Tivemos a infelicidade do que aconteceu ao Toni. Eu próprio enfrentei alguns problemas com os apoios do motor do meu Silver Car e, mesmo o Nuno Pinto e a Rute tiveram algumas dificuldades. Nem sempre corre de forma perfeita. As corridas são assim. Mas a época foi incrível e a equipa voltou a estar muito bem, com excelentes resultados, o que nos dá motivação para preparar ainda melhor 2024”, afirmou.

Quanto a Nuno Pinto, a prova organizada pelo Demoporto foi o espelho de todo o sacrifício e empenho que piloto e estrutura colocaram para desenvolver a ADR Sport II, ‘barchetta’ que se tem revelado um “osso duro de roer” quanto à fiabilidade. Em Boticas, foram vários os problemas, mas, mesmo assim, Nuno Pinto voltou a provar toda a sua capacidade e logrou terminar a prova, sendo 4º dos Protótipos B.

“O resultado foi positivo, como também foi positivo mais esta oportunidade para continuar a evoluir a ADR e para eu recuperar a minha competitividade. Voltamos a ter alguns problemas, mas acabou por correr bem e estou muito feliz pelo pódio final no campeonato”, referiu.

Feliz com a exibição e o resultado estava Rute Brás.

A “Amazona do Douro” tem uma garra tremenda e foi capaz de ultrapassar todos os obstáculos e alguns pequenos problemas que afetaram o seu Peugeot 206 RC, concluindo a rampa no 7º lugar dos Turismos 3, recolhendo pontos que foram preciosos para a piloto de Peso da Régua terminar o campeonato dos T3 no Top 5, que se transforma no melhor resultado da sua curta carreira.

“Estou muito feliz. Dei o máximo, o carro colaborou, embora com uns pequenos problemas e consegui evoluir os mus tempos, acabando por fazer uma boa prova. O Top 5 as contas finais dos T3 é a cereja no topo do bolo para uma época excelente!”.

Caiu o pano sobre a temporada 2023. A NJ Racing voltou a provar porque é uma das mais fortes e bem sucedidas estruturas técnicas da Montanha, saindo de 2023 com um título e 3 pódios, continuando a fazer crescer o seu já vasto palmarés.

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Foto: Ricardo Soares