O SC Vila Real está fora da Taça de Portugal, ao perder na receção ao Ribeirão por 2-0, em jogo a contar para a 1ª eliminatória. Um autogolo de Soares e um golo de Stanley deram a vitória à turma minhota.

Os comandados de Nuno Barbosa entraram a todo o gás, criando duas oportunidades claras de golo: a primeira num remate de meia distância de Miguel Pinto (para defesa apertada de Heitor) e depois por Gustavo (na ressaca de um canto, para nova defesa do guardião forasteiro).

A equipa de Manuel Monteiro reagiu e começou a acercar-se da baliza alvinegra, com Nelsinho a ter dois remates perigosos (um deles a raspar o poste e outro para defesa de Nuno Silva), após jogadas muito bem trabalhadas.

Perto do intervalo surge nova oportunidade para os locais: perda na saída de bola do Ribeirão, Musa recupera em zonas adiantadas e isola Nicolatti, que falha na cara do guardião Heitor.

A primeira parte deixava boas indicações de ambas as equipas e a divisão de pontos ajustava-se.

A segunda parte começa praticamente com o penálti para o Ribeirão: uma “fífia” de Botelho à entrada da área, Nelsinho rouba-lhe a bola e entra na área, o defesa do Vila real puxa-lhe a camisola, penálti claro. Na conversão do castigo máximo Stanley atira ao poste.

Responde o Vila Real, com Liberal a ter um remate perigoso e na resposta foi Evaristus a surgir isolado com Nuno Silva a ter de se aplicar com valentia.

Depois surge um dos momentos impactantes da partida: Dércio (63`) comete falta à entrada da área, leva o segundo cartão amarelo e é expulso, deixando os alvinegros com 10 unidades em campo. A equipa do “Bila” uniu-se e Musa aos 75 minutos consegue uma grande arrancada e é derrubado por Leiras, que leva também o segundo cartão amarelo e é expulso. Ficavam 10 contra 10 para os 20 minutos finais.

O golo da turma que viajou de Famalicão chegou aos 80 minutos, caiu que nem um balde de água frio no Campo do Calvário: canto direto de Rui Coentrão, a bola passa por cima do guarda-redes Nuno Silva e fica a sensação de que ia entrar na baliza, mas Agostinho Soares numa tentativa de corte acaba por introduzir a bola dentro da baliza, fazendo autogolo.

O Vila Real arriscou tudo para os minutos finais, principalmente depois das substituições, mas mais com o coração do que com a cabeça, falhando inclusive critério no último terço.

O 2º golo dos visitantes surge no último lance do jogo: jogada de contra-ataque, Evaristus isola-se com Nuno Silva, dribla o guardião e é derrubado. Penálti indiscutível, que foi convertido com sucesso por Stanley (96´).

O jogo chegou ao fim, desilusão natural para a formação vilarealense, que fica pelo caminho na Taça de Portugal. A falta de eficácia é motivo de preocupação, uma vez que já são 5 jogos sem qualquer golo.

O árbitro Miguel Siva foi protagonista, conduziu mal a partida no aspeto disciplinar, com dualidades de critérios em prejuízo do Vila Real.

Jogo no Campo do Calvário, em Vila Real.

Vila Real – Ribeirão, 0-2.

Árbitro: Miguel Silva (AF Aveiro).

Vila Real: Nuno Silva, Óscar (Tomás, 86), Gustavo, Botelho (Simãozinho, 65), Luis Henrique, Soares, Musa, Dércio, Liberal, Miguel Pinto (Borsatto (70) e Nicolatti (Papi, 70).

Treinador: Nuno Barbosa.

Ribeirão: Heitor, Duarte, Tiago Carvalho, Igor, Coentrão, Leiras, Salgado, Nelsinho (Diogo, 85), Paul (Tiago Torres, 85), Stanley e Evaristos (Rui Pedro, 90+4).

Treinador: Manuel Monteiro.

Ao intervalo: 0-0

Golos: 0-1 Soares (81, p.b.), 0-2 Stanley (90+6, g.p.).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Gustavo (18), Dércio (43 e 63), Miguel Pinto (47), Leiras (57, 75), Salgado (85) e Igor (90+1).