Equipa transmontana esteve duas vezes em vantagem

Jogo muito renhido entre duas equipas a precisar de pontos. O objetivo dos dois contendores era apenas um: ganhar.

O jogo foi equilibrado nos primeiros minutos. A partir dos 7´, Jeimes foi chamado a intervir por duas ocasiões: a primeira, numa jogada corrida e depois numa bola parada.

O São João de Ver estava melhor na partida e, contra a corrente do jogo, o Montalegre marca depois de remate forte de Luan, defesa apertada de Leo e recarga vitoriosa de Angola. Reage a formação forasteira e Chico obriga Jeimes a defesa apertada.

Antes do intervalo, e depois de cruzamento na esquerda, o defesa da turma da casa, Marcelo, joga a bola com o braço. De penálti, Rúben Silvestre empata o jogo no último instante do primeiro tempo. Ao intervalo 1-1.

Para a etapa complementar, Viage fez entrar Bruninho, ex-Sanjoanense, e retirou André Dias. Bruninho aproveita a passividade do “São João” e volta a colocar a equipa barrosã na frente com disparo forte e colocado. Volta a reagir o conjunto forasteiro por Weliton que atira ao lado, depois de um livre.

Aos 64´, o juiz do encontro não viu a falta sobre Diogo Teixeira, Chico cruza bem para dentro da área e Leo Cá dispara para o golo.

Até final, qualquer dos dois conjuntos podia ter conseguido o primeiro triunfo na edição desta época da Liga 3, num campeonato onde as vitórias estão muito caras. Recorde-se que nesta ronda apenas uma equipa ganhou, o Anadia acabou por vencer por 1-0 o Canelas de Gaia. Nos últimos minutos do tempo regulamentar, Tamble atira à barra, com Jeimes batido.

Aos 86´, Bruninho proporciona a Leo uma grande defesa. Já na compensação, Rúben Silvestre tenta bisar na partida, mas o cabeceamento acaba por não ter êxito.

O empate não agradou a nenhuma das equipas. Já a equipa de arbitragem errou no lance do segundo golo do São João de Ver, um tento precedido de falta.

O treinador principal do Montalegre, José Manuel Viage, diz que a equipa deveria fazer mais depois do primeiro golo: “Duas boas equipas, deveríamos ter acalmado muito mais o jogo depois de estar a ganhar 1-0. Estávamos a segundos do intervalo, não poderíamos permitir uma transição. Precisamos de ter mais maturidade. Na segunda parte, entrámos bem no jogo, conseguimos fazer o 2-1, mas logo a seguir dá o 2-2, num lance em que há falta sobre o Teixeira. Nota-se alguma ansiedade pelo facto da equipa não ter conseguido pontos até hoje. A equipa precisa de serenar. Os objetivos estão intactos, no fim vamos fazer as contas, não tenho nenhum receio quanto ao futuro da equipa.”

Henrique Nunes, o experiente treinador do São João de Ver, lembra que, se houvesse um vencedor, teria de ser a formação aveirense: “Fizemos um bom jogo, provavelmente o melhor dos cinco que efetuámos. Tivemos oportunidades de golo mais do que suficientes para poder ganhar o jogo, não as conseguimos concretizar, sofremos o segundo golo num lançamento de linha lateral. Os erros pagam-se caro e tivemos de andar sempre atrás do resultado negativo. Isso não nos deu aquela tranquilidade que gostaríamos”.

Jogo no Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira, em Montalegre

C.D.C. Montalegre – S.C. São João de Ver, 2-2

C.D.C. MONTALEGRE: Jeimes, Manú Ribeiro (Miguel Mota 80), Rui Bruno, Marcelo Machado, Luan, Leandro Ari (Zack 72), Diogo Teixeira, Rúben Neves (Rodrigo Ferreira 72), Angola, Didi (Bruno Guimarães 87) e André Dias (Bruninho 46).

Treinador: José Manuel Viage

S.C. São João de Ver: Leo ©, Chico, Weliton, Emanuel, Filipe Maio, Diogo Barbosa (Tamble 58), Paulo Grilo (Daniel 89), Diogo Pereira (Diogo Gomes 58), Rúben Silvestre, Jaime Poulson
e Leo Cá (Paulinho 82).

Treinador: Henrique Nunes

Arbitro: Humberto Teixeira (A.F. Porto)

Ao intervalo: 1-1

Golos: 1-0 Angola (38), 1-1 Rúben Silvestre (45+5), 2-1 Bruninho (55), 2-2 Leo Cá (64).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Angola (17) e Leandro Ari (67).

Nuno Carvalho

Foto: CDC Montalegre