Nuno Guimarães, António Rodrigues, Nuno Pinto e Rute Brás voltaram a ostentar  na Falperra toda a solidez que transforma o quarteto da NJ Racing numa equipa oleada e capaz de triunfar. Os objetivos traçados para a prova internacional foram totalmente cumpridos.

É ponto assente que a NJ Racing quer transformar esta época de 2023 numa sequela da temporada transata, ousando querer que a “parte 2” seja um filme ainda mais bem sucedido. Quatro provas já realizadas e o pecúlio de resultados de topo aumenta paulatinamente rampa após rampa.

Na 42ª edição da Rampa Internacional da Falperra, Nuno Guimarães fez o que já nos habituou: domínio total nos Protótipos B e 4º triunfo do ano, voltando a sua atenção de predador para a batalha da geral, onde terminaria em 6º.

Já após a conclusão da rampa, Nuno Guimarães, líder da equipa, fazia o rescaldo, quer da sua participação como piloto, quer sobretudo da exibição coletiva da equipa duriense:

“Foi um fim de semana muito cansativo em virtude do extenso programa a que todos os pilotos estiveram sujeitos, no entanto, a nível desportivo, para mim foi um sucesso. Mais uma vitória nos Protótipos B e ainda o lugar de 6º melhor português numa lista de participantes de luxo é excelente. É uma honra puder correr num ambiente de festa com milhares de aficionados que nos acarinham e puxam por nós. Continuo a dizer que o melhor da Falperra é o seu fantástico publico. Desportivamente, o dia de sábado foi mais difícil, pois tivemos de fazer diversas alterações ao setup do Silver Car S2, mas a Miranda Competições conseguiu entregar-me um carro perfeito para domingo, onde sem grande esforço consegui fazer duas subidas rápidas, acabando por bater o meu recorde da pista, por quase dois segundos. Uma palavra de incentivo e de alegria aos meus colegas de equipa Rute Brás, Nuno Pinto e António Rodrigues que permitiram à NJ Racing atingir um resultado coletivo de excelência”.

O Capitão da Montanha salientou ainda que “temos de criticar alguns pontos negativos a nível organizativo e que serão tratados no devido local, mas também temos que salientar a excelente transmissão televisiva/livestreaming durante o fim de semana, o que permitiu uma grande exposição dos nossos patrocinadores, pelo que este resultado é dedicado a eles”.

Num fim-de-semana em que sofreu a bom sofrer, António Rodrigues conquistou mais um pódio absoluto. Mas, não sem ter de percorrer um duro “caminho das pedras”. No sábado, problemas de travões no Silver Car EF10 impediram a “Bala do Douro” de fazer a subida de prova 1. No domingo atacou, foi o 2º melhor na Subida 2 e, na terceira, quando estava ao ataque, sentiu um barulho e levantou o pé, conseguindo mesmo assim dar à NJ Racing mais um pódio a que adicionou a posição de melhor português na prova do Europeu, ao terminar num excelente Top 8, vencendo ainda o Grupo CN/E2-SC 2000.

No fecho, a “Bala do Douro” afirmava que “tive de saber sofrer. No sábado, problemas de travões no Silver Car EF10 impediram-me de fazer a subida de prova. No domingo ataquei na Subida 2 e fiz o segundo tempo do CPM. Na terceira e última e quando estava a dar tudo para melhorar, senti um barulho e levantamos o pé. Parabéns à nossa equipa NJ Racing (Nunos e Rute, vocês estiveram fantásticos!), à FR Power por todo o excelente trabalho no nosso protótipo, que nos permitiu sair da Falperra com mais um excelente resultado!”.

Por seu lado, Nuno Pinto tem todas as razões para ter saído satisfeito de Braga. A sua nova ADR Sport II funcionou que nem um relógio e o piloto provou no rápido traçado da Falperra que consegue ser muito veloz, estando a regressar à sua boa forma. O 2º lugar nos Protótipos B foi “um prémio muito saboroso para mim, sobretudo por ter contribuído para mais uma ‘dobradinha’ da nossa equipa. Estou cada vez mais confiante e a conseguir extrair o potencial do meu carro. Ansioso pela próxima prova!”.

A passagem pela Falperra de Rute Brás não foi fácil. Problemas no seu Peugeot 206 RC condicionaram fortemente o andamento da Amazona do Douro que, só mesmo na última subida do dia, conseguiu rodar rápido. A sua perseverança e capacidade para ultrapassar as dificuldades, nunca atirando “a toalha ao chão”, rendeu-lhe mais alguns pontos para o campeonato.

Rute Brás resumiu o seu fim-de-semana da seguinte forma: “foi difícil. O carro ia abaixo em todas as subidas e tive de conseguir contornar o problema, o que sem dúvida me fazia perder algum tempo. Tenho a certeza que poderia ter tido melhores resultados. Na última subida consegui melhorar bastante, mas o problema persistia. Mesmo assim, diverti-me. É uma rampa em que o público faz a festa e é fantástico correr com tanta gente a assistir. O único ponto menos bom, é sem dúvida a organização. Um exemplo da fora como nos tratam aconteceu logo à chegada, quando os lugares no parque de assistência já não eram os mesmos. Nas verificações realço a arrogância com que fomos tratados, para não falar do tempo de espera, tanto para descer, pois éramos chamados demasiado cedo, como para subir. Enfim, objetivo cumprido, que venha a próxima e sempre com vontade de ser melhor!”.

 Foto: Zoom Motorsport e BMR