Barrosões não foram inferiores, no entanto mostraram ineficácia.

Entrou melhor no jogo a equipa transmontana.  Aos 8´, depois de bom cruzamento na direita, Mané dispara ao lado. Três minutos volvidos, é Didi a ameaçar com remate traiçoeiro. Aos 20 minutos de jogo, o Montalegre somava três remates e o Paredes nenhum. Todavia, a partir do meio da primeira parte o conjunto da A.F.Porto equilibra a contenda e Andrezinho obriga Jeimes a defesa atenta.

O Paredes abre o marcador num cabeceamento letal de Erik Silva, dando seguimento a um excelente cruzamento. O corredor esquerdo do Paredes funcionava bem e punha em apuros os barrosões. Antes do intervalo, aos 45+2´, o campeão do CP aumentava a vantagem, depois de um canto cobrado na esquerda e autogolo barrosão. Tudo corria mal ao Montalegre, pois em cinco minutos sofria dois golos.

Ao intervalo o 2-0 não espelhava nada daquilo que se tinha passado. Era de facto um resultado pesado, injusto e demasiado penalizador para a equipa transmontana, que, diga-se, rematou apenas menos uma vez que o adversário.

A perder por dois golos de diferença, Viage arriscou com as entradas de Pio, Diogo Teixeira, Bruninho, Zack e Baba. No últimos 25 minutos, o Montalegre jogou com apenas um defesa central, Marcelo Machado. Depois de grande jogada individual, Bruninho ultrapassa dois e assiste Bruno Guimarães, que está perto de marcar, pois a bola sai a centímetros do poste esquerdo. Didi encurtava margens com o golo da tarde, num remate forte e colocado que deixava pregado no relvado o guardião Daniel Carvalho. Responde Silas para a equipa da casa, agora mais curta em campo e com linhas mais juntas.

O Montalegre empurrava o seu adversário para trás e André Dias cria muito perigo em cima dos 90´. O árbitro deu cinco minutos de compensação, mas o Montalegre não conseguiu empatar. Diga-se que o Montalegre precisava dos três pontos para regressar ao oitavo posto da classificação. Erik Silva, do Paredes, foi o melhor em campo. A equipa de arbitragem cometeu alguns erros, em especial na etapa complementar. Os barrosões ficaram a pedir uma grande penalidade.

Eurico Couto, técnico do Paredes, fala numa vitória justa: “A entrada do Montalegre foi melhor até aos 10,15 minutos, o Montalegre foi mais perigoso. A partir daqui fomos mais fortes, fizemos dois golos e fomos tranquilos para o intervalo. Na segunda parte, tivemos três situações para fazer o 3-0. Depois o Montalegre começa a acreditar ao fazer o 2-1; não havia necessidade acabar com tanta pressão do nosso lado”.

O treinador do Montalegre, José Manuel Viage, considera o resultado muito penalizador: “Este resultado é injusto, injusto, injusto. Montalegre devia ter ganho este jogo, foi melhor equipa, foi a única que jogou, que quis jogar, num relvado extremamente difícil, isto parecia um campo de batatas. Não há nada a apontar aos jogadores.


Estádio Municipal das Laranjeiras
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Paredes – Montalegre, 2-1

Árbitro: Rui Lima.
Árbitros assistentes: Bruno Rocha e Ricardo Lima.
Quarto árbitro: André Carvalho.

PAREDES: Daniel Carvalho, Nuno Moreira, Marcos Júnior (Silas, 28’, Ismael Pinto, 81’), Cláudio Madureira, ( Leandro Cardoso, 71’), Breino Teixeira, Andrezinho, Edu Machado, Erik Santana (Baba Zakari, 81’), Vitor Rocha (Emanuel Brito, 59’), João Serrão, Tavares.
Suplentes não utilizados: José Couto, Amadeu Mendes, Pedro Correia, Francisco Afonso.
Treinador: Eurico Couto.

MONTALEGRE: Jeimes, Manu, Rohum (Zack, 59’), Marcelo, Rodrigo, Ruben Neves ( Diogo Teixeira, 70’), Didi, Bruno Guimarães (Guilherme Pio, 70’), André Dias, Mané (Bruninho, 59’), Massaia (Baba, 70’).
Suplentes não utilizados: Didi, Nuno, Kiko, Rui Bruno.
Treinador: José Manuel Viage.

Ao intervalo: 2-0.

Golos: 1-0 (Erik Santana, 43’), 2-0 ( Didi, 45’+1’ pb), 2-1 (Didi, 71’).

Disciplina: cartão amarelo para Vitor Rocha (41’), Ruben Neves (68’) e Andrezinho (77’).

Por Nuno Carvalho

Foto: CDC Montalegre