Não foi fácil. Foi necessária uma remontada com golão de Angola.
Montalegre será o único representante transmontano no sorteio da 4ª eliminatória da Taça de Portugal. Agora, venha um grande para encher os cofres.
Entrou bem o Montalegre, logo nos primeiros instantes, grande jogada à qual só faltou a conclusão de André Dias.
O Pevidém equilibra e mostrou porque chegou a Montalegre sem qualquer desaire nesta temporada. Araki, o japonês, atira ao lado da baliza de Pio à passagem do minuto 5.
Logo aos 8 minutos, Chico remata forte e colocado e inaugura o marcador.
Os adeptos do Pevidém, que encheram três autocarros para apoiar a equipa, faziam a festa.
A equipa minhota atravessava bom momento e Luís Filipe está perto de aumentar a vantagem.
O CDC Montalegre reage, e, em jogada de insistência, Rúben Neves empata para o Montalegre com disparo certeiro.
O empate, ao intervalo, dava justiça ao marcador.
Na etapa complementar, o mesmo filme da primeira parte: o conjunto transmontano volta a entrar melhor, o Pevidém equilibra e consegue criar perigo por três vezes.
Aos 56 minutos, Pio faz defesa atenta; dez minutos à frente, o conjunto minhoto não aproveita uma perda de bola dos barrosões, já que Pedrinho atira ao poste direito da baliza dos da casa.
Aos 69´ Chico volta a tentar a sorte, mas desta feita o remate sai ligeiramente ao lado.
Jogo interessante, luta a meio-campo de fazer faísca, com duas das melhores equipas da Série A do Campeonato de Portugal.
Até que ao minuto 77 chega o melhor momento da partida. Bem de fora da área, Angola remata forte e faz um golo de levantar qualquer estádio.
Chico era expulso no período de compensação e Rúben Neves via a cartolina amarela, depois de um despique entre os dois para além das leis.
Os transmontanos passavam para a frente do marcador e geriram a magra vantagem até ao final.
O CDC Montalegre continua a fazer um percurso imaculado na Taça de Portugal, já o Pevidém averbou o primeiro desaire da época, todavia mostrou argumentos para lutar pelos primeiros lugares no campeonato.
O treinador do Montalegre, Tony da Silva, celebrou e agradeceu o apoio do muito público presente: “Para quem gosta de futebol, houve de tudo, golos e emoção. Hoje vi uma equipa a jogar à Montalegre, com alma, com coração. Hoje quem ganha o jogo fomos nós no banco através das substituições. Queria dedicar a vitória aos meus rapazes, à massa associativa e a um grande amigo meu que faleceu.” (Diretor Desportivo do Cluj enquanto Tony foi jogador na Roménia)
André Brito, treinador do Pevidém, lembra que a sua equipa deixou “uma excelente imagem. Merecíamos mais e melhor do jogo.”
Jogo no Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira, em Montalegre.
Montalegre – Pevidém, 2-1.
Árbitro: Ruben Cardoso (AF Porto).
Montalegre: Bruno Pio, Edu Machado © (Tiago Luís 76), David Santos, Douglão, Flávio Gonçalves, David Moura (Hélder Almeida 38), Lassana Mané (Fábio Fonseca 76), Rúben Neves
André Dias (Angola 65), Isaac Boakye (Maurício 76) e Alex Reis.
Treinador: Tony da Silva.
Pevidém: Rui Ribeiro, André Alves, Rocha, Rashid, Chico, André Ramalho (Marna 46), Pedrinho, Tiago Ronaldo ©, Tiago Vieira (Lima Pereira 85), Luís Filipe e Araki (Guilherme Pio 46).
Treinador: André Brito.
Ao intervalo: 1-1.
Golos: 0-1, Chico (8); 1-1, Rúben Neves (30); 2-1, Angola (77).
Ação disciplinar: cartão amarelo para David Santos (45+1), Flávio Gonçalves (54), Guilherme Pio (60), Maurício (84), Rúben Neves (90+1) e Tiago Luís (90+5). Cartão vermelho para Chico (90+1).
Por Nuno Carvalho
Foto: CDC Montalegre