Os alvinegros venceram o SC Régua, por 2-1, na final da Taça AFVR.

O SC Vila Real venceu por 2-1 o SC Régua e conquistou a Taça AFVR, celebrando a “dobradinha” na época 2022/2023, já que já havia carimbado a conquista do campeonato. Simãozinho foi o Homem do Jogo, ao bisar na partida, numa final disputada no Complexo Desportivo de Vila Pouca de Aguiar, com muita massa humana no mais “velhinho” derby da AFVR.

O jogo esperava-se equilibrado, mas rapidamente os alvinegros chegavam ao golo, à passagem dos dois minutos, por Simãozinho, que recupera uma bola em zona adiantada do terreno, ganha o duelo com Francisco Santos e remata ainda longe da baliza, com o pé esquerdo, em estilo “voley” com a bola a subir e a baixar rapidamente, fazendo o primeiro da tarde. Fica a ideia, que o o guarda-redes Kiko Ferraz, poderia ter feito melhor.

O SC Régua não baixou os braços, começou a pegar no jogo e partiu para uma primeira parte de domínio quase absoluto, criando inclusive oportunidades flagrantes de golo: Paixão, aos 8 minutos, falha isolado na pequena área, após boa jogada de Paiva e João Nuno aos 11 minutos, permite a defesa do guardião Nuno Silva já dentro da área (bem servido por Quinzinho) e aos 20 minutos cabeceia ao poste (após cruzamento de Miguel Baló).

Era o Régua a jogar e o Vila Real a voltar a marcar: André Azevedo “ganha a linha de fundo” a Miguel Baló, cruza e Simãozinho (26`) aparece ao segundo poste a cabecear para o segundo golo! Tudo fácil, a defesa reguense não está isenta de culpas neste lance.

Pelo meio ainda um lance em que Gustavo (33`) ia fazendo autogolo, enviando a bola à barra, após tentativa de corte num cruzamento de Miguel Baló.

Até ao final da primeira parte surgiram mais dois lances de algum perigo para ambas as equipas: Coutinho e João Nuno para o SC Régua, Gustavo e Pedro Freitas para o SC Vila Real (ambos os lances de cabeça, na sequência de bolas paradas).

Na segunda parte a toada do jogo manteve-se, com os comandados de João Valente a assumirem as despesas do mesmo e com o Vila Real bem organizado a defender, mas a “viver” de transições rápidas.

Aos 48 minutos, os reguenses ficaram a pedir penálti por mão na bola de Gustavo, mas o árbitro António Moreira mandou seguir.

Com o passar dos minutos e com o cansaço demonstrado pelos intervenientes o jogo começou a perder espetacularidade, muitos duelos, muitas faltas, pouco critério. A formação de Luis Pinto tem algumas saídas rápidas, mas pecou no último passe. Júnior numa das “arrancadas”, fica isolado já dentro da área, mas remata ao lado.

A equipa reguense apostava as fichas todas e acabou recompensada pelo golo, à passagem dos 71 minutos: jogada ao primeiro toque, passando por Miguel Baló, Quinzinho, Paiva e Paixão, que serve João Nuno na perfeição para o golo, num remate potente no coração da área e sem hipóteses para o guardião Nuno Silva.

Até ao final o SC Vila Real, limitou-se a aguentar a vantagem mínima, fazendo uso da sua equipa mais musculada e mais experiente, ao passo que o SC Régua tentou empurrar o jogo para o prolongamento, mas jogava “mais com o coração que com cabeça”.

Num dos últimos lances do jogo, João Nuno quase empatou a partida num cabeceamento, mas acabou a dividir o lance com Fred Coelho, que acaba a “cortar” a bola de forma um pouco ortodoxa.

Em suma, o futebol é feito de eficácia e o SC Vila Real foi melhor nesse capítulo. O SC Régua caiu de pé, deixou uma excelente imagem, mas só se pode queixar de si próprio.

O Vila Real fecha a época com chave de ouro ao conquistar a Taça AFVR, depois de ter vencido a Divisão de Honra e consequentemente a subida ao Campeonato de Portugal, marcando também presença na Supertaça Sequeira Teles, precisamente contra o SC Régua.

Já a equipa duriense fecha a época no segundo lugar da Divisão de Honra, marca presença na Taça de Portugal e na Supertaça Sequeira Teles, mas perder a final (2ª consecutiva) da Taça AFVR.

No final do encontro, o treinador do SC Régua, João Valente teceu duras criticas à equipa de arbitragem. ” Ficaram duas grandes penalidades por marcar a favor do SC Régua. O arbitro, António Moreira não pode dormir de consciência tranquila”.

Já Luís Pinto, treinador do SC Vila Real, refere que ” esta conquista da final da taça foi o culminar de uma grande época. Os meus jogadores estão de parabéns”.

Jogo no Complexo desportivo de Vila Pouca de Aguiar.

SC Vila Real– SC Régua, 2-1.

Árbitro: António Moreira.

Assistentes: Sérgio Faceira e Márcio Ribeiro.

4º árbitro: André Santos.

SC Vila Real: Nuno Silva, Leandro Azevedo (Diogo Matos, 46), Gustavo, Fred Coelho, Tomás, Mika, Simãozinho, Júnior, Pietro (Pedro Silva, 90+1), Pedro Freitas e André Azevedo.
Treinador: Luís Pinto 

SC Régua: Kiko Ferraz, Miguel Baló, Dani Mendes, Francisco Santos, Caio, Quinzinho, Paiva, Zé Mota (António, 80), Paixão, João Nuno e Coutinho (Carlos Silva , 60).
Treinador: João Valente .

Ao Intervalo: 2-0.

Golos: 1-0 Simãozinho, (2), 2-0 Simãozinho (26), 2-1 João Nuno (71).

Disciplina: cartão amarelo para Mika (15), Leandro Azevedo (22), Zé Mota (27), Dani Mendes (44), Francisco Santos (45), João Nuno (71), Pietro (85) e Caio (89) . Cartão vermelho para Bruno Liberato (treinador adjunto do SC Régua) e Miguel Rodrigues (jogador do SC Régua).

Por Luis Roçadas

Foto: AFVR