Jogo marcado por forte temporal. Os transmontanos podem queixar-se da falta de estrelinha, mas a equipa também tem obrigação de fazer mais.

Partida com duas partes distintas.

No primeiro tempo, o Montalegre teve mais bola, melhor circulação e domínio.

Na frente, Angola foi o mais ativo; Alex Reis e Nuno Machado denotaram grandes dificuldades diante de um Brito organizado.

O emblema minhoto defendia num 4x4x2, com os médios a fecharem bem os espaços.

As oportunidades de golo não foram muitas, porém a melhor pertenceu à ex-equipa da Liga 3: depois de livre direto, Rúben Neves acerta no poste, na insistência Angola assiste Alex Reis para cabecear à barra e depois Douglão também atira ao ferro, depois de desvio decisivo do guardião Lopes. Três no ferro na bola parada.

Antes, à meia hora, Benjamim faz defesa atenta, evitando males maiores para a baliza transmontana. Ao intervalo 0-0.

Na etapa complementar, Rúben Neves tentou carregar a equipa para a frente, todavia não foi acompanhado da melhor forma. Mané quase inaugura o marcador, depois de roubo de bola e remate pronto ao alvo, porém a bola sai ligeiramente ao lado.

O Brito partia o jogo como tanto gosta, refrescava a equipa, dava mais largura ao seu jogo e tinha mais chegada à baliza. Rui, de livre, obriga Ricardo Benjamim a defesa apertada.

Aos 79´,excelente cruzamento na direita do ataque do Brito e Leandro quase inaugura o marcador, valeu Fábio Fonseca a tirar perto da linha de golo.

Ao minuto 81 Nuno Machado cai dentro da área e os barrosões ficam a pedir penálti. No banco, Pio protestava e via amarelo e Alex Reis – já substituído – era expulso.

O mesmo Nuno Machado tinha uma soberana oportunidade, já que, em boa posição, mesmo dentro da área, atira ao lado.

O CDC Montalegre perdia dois pontos, pode queixar-se da falta de sorte e ineficácia no ataque, mas também seria preciso fazer mais na etapa complementar para alcançar o triunfo.

As condições meteorológicas não ajudaram, houve muito vento e chuva, no entanto o novo sintético não desiludiu.

André Narciso, treinador dos da casa, gostou da segunda parte da equipa: “Foi um jogo repartido, pela segunda parte merecíamos vencer, fomos mais fortes e acutilantes nos últimos 25, 30 minutos.”

Já o treinador do Montalegre, Tony da Silva, lamentou o resultado: “Não reconheci a minha equipa, nós valemos muito mais do que isto. Não fomos corajosos com bola, faltou agressividade também, quando nada fazia prever. Pecamos pela falta de humildade.”

Jogo no Parque de Jogos do Brito, em Guimarães.

Brito – Montalegre, 0-0.

Árbitro: Wilson Alves (AF Viana do Castelo).

Brito: Lopes, Frank, António, Gusmão, Roger (Leandro 61), Nelson © (Macedo 61), Davide (Romário 77), Soares (Tiger 61), Rui (Zé Roberto 88), Júnior e Zé Marco.

Treinador: André Anastácio.

Montalegre: Benjamim, Fábio Fonseca, David Santos, Douglão, Flávio Gonçalves (Zack 86), Mané, Rúben Neves, Hélder Almeida (Tiago Luís 67), Nuno Machado (Isaac Boakye 86), Angola (Maurício 67) e Alex Reis (André Dias 56).

Treinador: Tony da Silva.

Alção disciplinar: cartão amarelo para Frank (31), Fábio Fonseca (42), Davide (49), Barbosa (58), David Santos (71), Bruno Pio (82) e André Dias (90+4). Cartão vermelho para Alex Reis (82).

Por Nuno Carvalho

Foto: CDC Montalegre