Jogo emocionante até final, ditou divisão de pontos, resultado que se ajusta bem ao que sucedeu.

Não foi um jogo espetacular, longe disso, no entanto, teve emoção até ao apito final.
Apesar da Feira do Fumeiro de Montalegre, houve uma excelente moldura nas bancadas, que vibraram com as ações desenroladas no tapete verde.

A primeira meia-hora da partida teve enorme equilíbrio e sem grande intensidade de jogo.
Aos 4´, André Raymond cria perigo através de um canto direto a passar perto do alvo.
Na resposta, Maurício obriga Daniel a boa intervenção.

Claramente que ninguém jogava para o empate e, depois de lance bem trabalhado, o Vilar voltava a criar perigo.

Respondia o conjunto da casa por Maurício, endiabrado e muito forte no 1×1, a atirar ao lado.
Aos 37´o mesmo jogador está muito perto de marcar.

Um minuto depois, David Moura, de canto direto, inaugura o marcador. Um golo do outro mundo.

A reação do Vilar não tardou e Beto obriga Pio a boa defesa.

Aos 42´ o Montalegre fica perto do 2-0, mas o cruzamento-remate de Edu sai ligeiramente por cima da trave. Ao intervalo 1-0.

O momento chave da partida foi a entrada de Diogo Almeida no início da etapa complementar. O Vilar de Perdizes passou a controlar melhor o adversário e Almeida assiste Mendy para o empate, levávamos uma hora de jogo.

Os da casa sentiam dificuldades no miolo e nem a entrada de Tiago Luís resolveu a situação.
A etapa complementar teve muitas paragens e não houve grandes oportunidades.

O Vilar tentou chegar ao segundo, mas a melhor situação pertenceu a Nuno Machado, que, em boa posição, não conseguia fazer o segundo do Montalegre.

O árbitro deu (apenas) cinco minutos de descontos, quando deveria ter dado 9 ou 10.

Ainda houve tempo para expulsar Moreno, capitão vilarense, por acumulação.

Diogo Almeida, do Vilar, foi o melhor em campo. David Moura destacou-se no Montalegre.
O empate serve melhor os objetivos do Vilar (mantém-se acima da linha de água) do que os do Montalegre, já que a formação de Tony foi ultrapassada pelo Tirsense.

O treinador do Montalegre, Tony da Silva, referiu: “Entrámos bem no jogo, uma primeira parte toda nossa, chegámos ao golo com naturalidade. Estamos por cima do jogo, a ganhar um zero, e sofremos um golo quando nós estamos com a posse de bola, não faz sentido. Os jogadores foram avisados para isso. No fim, temos uma oportunidade, sozinho, de baliza aberta. Foi uma linda festa do futebol barrosão.”

Vítor Gamito, técnico do Vilar de Perdizes, afirma que “vale a pena apostar no futebol barrosão; enaltecer a moldura humana que esteve presente no estádio. Na primeira parte, tivemos oportunidades, um pouco contra a corrente de jogo Carlos David marcou num golo de canto direto. Nos primeiros 30 minutos da segunda parte, penso que vulgarizamos o Montalegre. Diogo Almeida está a passar por um momento de forma bastante bom e acaba por fazer a assistência para o golo…”

Jogo no Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira, em Montalegre.

Montalegre – Vilar de Perdizes, 1-1.

Árbitro: João Carvalho (A.F. Porto).

Montalegre: Bruno Pio, Edu Machado ©, David Santos, Mané, Zack, David Moura, Rúben Neves (Tiago Luís 70), André Dias (Nuno Machado 70), Maurício (Angola 77), Isaac Boakye e Alex Reis.

Treinador: Tony da Silva.

Vilar de Perdizes: Daniel, Parente (Diogo Almeida 46), Moreno ©, Rodrigo, Pedro Miguel, André Raymond, Sanchez, Samate, Renteria (Dylan 86 – Alisson 90+3), Beto e André Mendy.

Treinador: Vitor Gamito.

Ao intervalo: 1-0.

Golos: 1-0 David Moura (38), 1-1 André Mendy (60).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Beto (28), Zack (45+1), Alex (48), Nuno Machado (78), Moreno (89 e 90+1). Cartão vermelho por acumulação para Moreno (90+1).

Por Nuno Carvalho

Foto: CDC Montalegre